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Encontros com a alma.
(qahirah)

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«Encontros com a alma».«Esta história foi muitas vezes contada, mas Jung, que portanto nos dava poucos conselhos directos, disse-me um dia: «Nunca faças seminários (nem conferências) sem contar às pessoas esta história».«Num dos seus últimos Natais, pouco tempo antes da sua morte, quando nós assistíamos ao Jantar do Clube , ele contou-a para nós de novo. Não havia certamente ninguém na sala que não conhecesse já a história e portanto, depois que ele a contou, toda atmosfera mudou. Eu fiz, como tinha feito antes, porque ele me tinha dado instruções para a repetir assim tantas vezes. «Houve uma terrível seca, na parte da China, onde vivia Richard Wilhelm . Depois das pessoas ter tentado em vão os meios conhecidos para obter a chuva, decidiram mandar buscar um fazedor de chuva. Isto interessou muito a Wilhelm que se preparou para estar lá quando o fazedor de chuva chegasse. O homem veio numa carroça coberta, um pequeno velho ressequido, que fungava com uma repugnância evidente quando saiu da carroça e que pediu que o deixassem sozinho numa pequena cabana em frente da aldeia; mesmo as suas refeições deviam ser deixadas no exterior diante da porta. «Não se ouviu falar mais dele durante três dias, pois, não somente choveu, mas houve uma grande caída de neve, o que nunca se tinha visto nesta época do ano. Muito impressionado, Wilhelm procurou o fazedor de chuva na cabana e perguntou-lhe como podia ter feito chuva e mesmo neve. O fazedor respondeu: “Eu não fiz a neve; não sou responsável por isso”. Wilhelm insistiu: havia uma terrível seca até à sua vinda e depois, passados três dias, houve grande quantidade de neve. O fazedor de chuva respondeu: “Oh! Isso eu posso explicar. Veja, eu venho dum lugar onde as pessoas estão em ordem; estão em Tao; então o tempo também está em ordem. Mas chegando aqui, vi que as pessoas não estavam em ordem e também me contaminaram. Por esse motivo fiquei sozinho até estar de novo em Tao, e então, naturalmente, nevou». (Hannah, 1981: pp 21)(...) «Os alquimistas procuravam sem cessar unir os opostos, pois não é senão quando estão unidos que se pode encontrar a verdadeira paz. In: Hannah, Barbara (1981): «Rencontres avec l’Âme - L’imagination active selon C.G.Jung»; Psychologie, Collection la Fontaine de Pierre.Comentário: Os opostos estão em guerra e, se não houver compreensão e aceitação de parte a parte, não haverá Paz. O Bem e o Mal existem dentro das pessoas, não na atmosfera! O que nos parece o mal do mundo e o mal dos outros não passa da projecção do nosso próprio mal que «vemos» no vizinho em espelho. Isto é muito difícil de compreender e de aceitar. Tudo aquilo que temos de desagradável mas não conseguimos aceitar porque provoca um sofrimento insuportável, é recalcado no inconsciente e aparece projectado no vizinho. Todo o mal do mundo mora dentro de nós e, ao compreendermos que o mal do outro é o nosso próprio mal escondido, recalcado e reflectido (tudo o que é inconsciente aparece em espelho nos outros), então os opostos do bem/mal, do ódio/amor, da crítica/compreensão... etc. ficarão unidos. O Fazedor de Chuva pôs a casa em ordem, realizou o Tao, e o milagre aconteceu! qahirah BIBLIOGRAFIA Hannah, Barbara: «Rencontres avec l’Âme - L’imagination active selon C. G. Jung».



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