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Vitorino Henriques Godinho
(Manuel Augusto Dias)

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Vitorino Henriques Godinho foi um dos heróis da Revolução Republicana Portuguesa. Militar, Deputado durante toda a Primeira República, Ministro por duas vezes, Combatente na Primeira Guerra Mundial, Adido Militar em Paris e, entre outros cargos importantes, foi também o Director Geral de Estatística e membro do Conselho de Administração dos Caminhos de Ferro Portugueses. Nascido em Ansião no dia 19 de Julho de 1878, veio a falecer em Lisboa, com quase 84 anos de idade, no dia 5 de Fevereiro de 1962.Aos 19 anos de idade, em 18 de Setembro de 1897, Vitorino Godinho inicia uma brilhante carreira militar, que há-de ultrapassar as fronteiras nacionais para se cobrir de glória, assentando praça em Cavalaria, como voluntário, onde se mantém dois anos. Entretanto, frequenta os dois anos de preparatórios na Faculdade de Matemática da Universidade de Coimbra. Aos 21 anos, inicia a frequência da Escola do Exército, sendo promovido a 1.º Sargento Cadete, e concluído o Curso, em Novembro de 1901, é Aspirante a Oficial. Com esse posto serve no Regimento de Infantaria n.º 23, e, um ano depois, é promovido a Alferes - tinha 24 anos.Em 1906 é promovido a Tenente. De 1905 a 1907 faz o Curso do Estado Maior do Exército e passa a participar em manobras militares importantes. Serviu, depois, no 2.º Grupo do Regimento de Artilharia n.º 22; foi Adjunto no Quartel General da 2.ª Divisão - Viseu; e, em 1909 e 1910, exerceu o cargo de Chefe do Estado Maior nos exercícios militares da Região de Bragança. Em todos os lugares cumpriu com assinalável êxito as suas funções, demonstrando ser uma pessoa de elevada competência profissional e dedicado zelo, merecendo rasgados elogios dos respectivos comandantes. Chega, entretanto, o revolucionário ano de 1910, e o Tenente Vitorino Godinho, ao serviço da Direcção Geral do Estado Maior, participa nos bastidores das estratégias militares que, na capital, saem vencedoras em 4 e 5 de Outubro de 1910, acabando de vez com o regime monárquico português. O Coronel Vitorino Henriques Godinho revelar-se-ia sempre um Republicano convicto, assumindo, a nível nacional e até internacional, um papel decidido e importante na defesa do novo regime português.Em 1912 é promovido a Capitão. Em 1914 sobrevem a Primeira Guerra Mundial, e o Capitão Vitorino Godinho, como os republicanos democráticos, é acérrimo e empenhado defensor da participação portuguesa ao lado dos Aliados. Em Dezembro de 1916 segue, por via férrea, para França, com o objectivo de preparar a chegada das tropas portuguesas, que se efectua entre Fevereiro e Maio de 1917. Neste ano de 1917 é promovido a Major e fica à frente do Serviço de Informações. Em 1918, mais concretamente na manhã do dia 9 de Abril, ocorre, na sequência de uma ofensiva desesperada do exército alemão, a triste célebre Batalha de La Lys, onde, em longas 4 horas de terríveis combates, morrem milhares de portugueses. O Major Vitorino Henriques Godinho esteve lá, na qualidade de Chefe de Estado Maior da 2.ª Divisão e teve uma acção meritória, que lhe mereceu ser agraciado com a Cruz de Guerra de 1.ª Classe.Vitorino Godinho continuou ao serviço do Corpo Expedicionário Português até à sua extinção, em Maio de 1919. Depois, a insistência de Afonso Costa, serviu Portugal como Adido Militar em Paris, até 15 de Dezembro de 1921, coadjuvando a Comissão Portuguesa para a Conferência de Paz, em matéria militar, transportes e comunicações. Em 26 de Abril de 1919, é promovido a Tenente-Coronel.Em 1927, depois de no período final da Primeira República ter passado por dois Governos é já Coronel. Mas, entretanto, surge a Ditadura Militar e, logo depois, o Estado Novo Salazarista. Aí, por razões de ordem política, o Coronel Vitorino Henriques Godinho vai conhecer toda a espécie de entraves quer no desempenho de cargos públicos, quer na sua carreira militar. Em 8 de Fevereiro de 1938 é admitido às provas especiais para a admissão ao generalato, que realiza com êxito, entre 6 e 15 de Março, ficando classificado como Muito Apto, mas a promoção a brigadeiro, nunca se fez, porque o Governo de Salazar, nunca a permitiu.Em virtude da heroicidade, repetidamente demonstrada, como um dos oficiais com grandes responsabilidades no Corpo Expedicionário Português, no âmbito das operações militares da Primeira Guerra Mundial - Frente Ocidental - o Coronel Vitorino Henriques Godinho teve as seguintes distinções honoríficas: A - Medalhas Militares: Medalha de Bons Serviços: Medalha de Prata, 1919; Medalha de Ouro, 1919; Letra C, na Medalha de Ouro, 1920; Medalha de Ouro das Campanhas de França (1917-1918); Medalha da Victória - Aos Combatentes da Grande Guerra. B - Cruz de Guerra: Cruz de Guerra de 1.ª Classe. C - Ordens Militares: Ordem de Aviz: Comendador, 1919; Grande Oficial, 1927. Ordem de Sant'Iago da Espada: Comendador, 1919. D - Condecorações Estrangeiras: Légion d'Honneur: Officier, 1920 "por motivos dos serviços prestados durante a Guerra" [à França]; Commandeur, 1923; D. S. O. (Distinguished Service Order), do Reino Unido, 1920 (a carta é assinada por, o então, Ministro da Guerra, Churchill); Ordem do Dragão do Império do Annam: Comendador. Concedida pelo Imperador, 1924.



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