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Sydney Possuelo é um sertanista que trabalhou entre os índios e mesmo demitido, só pensa em voltar para a mata. Lá, aprendeu a comer gafanhoto, sobreviver a ataques e malárias. Mas, é isso que ele quer. O seu espírito de aventureiro faz dele um apaixonado pelo sertão. Aguarda, com ansiedade, uma proposta de trabalho em uma organização não-governamental. Assim poderá rever a selva, morar lá. Trabalhou durante 33 anos entre os índios e ajudou a fundar o departamento de Índios Isolados, na FUNAI. Conheceu metade das 215 etnias. Chefiou expedições que fariam o primeiro contato com sete grupos de índios isolados (demorou oito anos para se aproximar dos índios araras, no Pará). Hoje, Possuelo acha que a aproximação com os índios isolados deve acontecer só quando eles se aproximam. Um dos ataques mais quentes entre os índios e brancos ocorreu no início de 1970. Foi capturado por fazendeiros em conflito com a etnia txucarramãe. Quase perdeu os dentes superiores. Depois, em outra ocasião, no Xingu, foi ameaçado por índios caiabis e salvo pelo sobrinho do cacique Raoni. Porém, nesses anos todos, o maior susto foi no norte da África, quando seu carro capotou e quase morreu. Sydney Possuelo começou a amar a vida e os habitantes das matas quando era bem jovem. Seu primeiro contato com os indígenas deu-se através dos irmãos Villas Boas. E nunca mais abriu mão de seus ideais. Não é à toa que recebeu, na Espanha, o título de Quixote da Selva durante as comemorações do 400 anos do clássico Dom Quixote de Miguel de Cervantes. Realmente, esse sertanista é um bandeirante!
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