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Ataque suicida mata dez em Tel-Aviv
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Um homem-bomba palestino detonou ontem os explosivos atados a seu corpo dentro de uma lanchonete de Tel-Aviv, suicidando-se e provocando a morte de pelo menos mais nove pessoas no mais mortífero atentado contra alvos israelenses em mais de um ano. A lanchonete estava lotada no momento do atentado suicida. Dezenas de pessoas ficaram feridas. O ataque extremista ocorreu em meio às celebrações do Pessach, a Páscoa judaica. O atentado foi reivindicado pela organização extremista Jihad Islâmica e o governo palestino, liderado pelo grupo islâmico Hamás, defendeu o atentado como uma resposta à 'agressão' israelense. Acredita-se que a declaração do Hamás resultará em duras represálias por parte de Israel e complicará os esforços do grupo islâmico em busca de ajuda internacional e de aceitação a seu governo. Represálias - Israel informou que considera o Hamás responsável pelo atentado, apesar de a Jihad Islâmica ter reivindicado a autoria da ação. O gabinete de segurança de Israel reuniu-se emergencialmente logo após o ataque. Fontes que pediram anonimato informaram que os chefes de segurança recomendaram a intensificação das ações contra a Jihad Islâmica. Embora a resposta israelense ao atentado deva ser decidida em reuniões previstas para esta terça-feira, ontem mesmo um aparelho israelense lançou vários mísseis contra uma metalúrgica em Gaza e o Exército israelense bombardeou a mesma área por suspeitar da confecção de foguetes artesanais lançados por grupos armados palestinos contra o Estado hebreu. 'A constante pregação do Hamás pela destruição de Israel serve de catalisador para esses ataques', disse David Baker, porta-voz do governo israelense. O atentado ocorreu apenas duas horas depois da posse do Parlamento recém-eleito de Israel. O primeiro-ministro em exercício, Ehud Olmert, disse que seu país reagirá 'adequadamente'. Condenações - A União Européia (UE) denunciou o atentado. A Rússia conclamou a Autoridade Nacional Palestina (ANP) a impedir futuros ataques a Israel. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, exigiu que o governo palestino 'adote uma postura pública e clara' contra tais atentados. Por sua vez, os Estados Unidos alertaram que o governo liderado pelo Hamás enfrentará graves conseqüências. 'A defesa ou o patrocínio a atos terroristas por parte de membros do gabinete palestino trará as mais graves conseqüências para as relações entre a Autoridade Palestina e todos os Estados em busca de paz no Oriente Médio', preconizou o secretário de Imprensa da Casa Branca, Scott McClellan. O ataque - O atentado de ontem foi o primeiro ataque dentro de Israel desde a posse do governo liderado pelo Hamás, duas semanas e meia atrás. Militantes da Jihad Islâmica, comemoraram o atentado distribuindo doces pelas ruas de Gaza. O ataque ocorreu em meio ao recrudescimento da violência entre israelenses e palestinos na fronteira de Gaza ao longo dos últimos dias. Militantes palestinos têm disparado foguetes; o Exército israelense responde com cápsulas de artilharia. Ainda ontem, um jovem palestino de 17 anos morreu no norte de Gaza depois de ser atingido por uma explosão, informaram autoridades locais. O atentado de ontem ocorreu por volta das 13h40 locais, quando a lanchonete, situada nas proximidades da estação rodoviária de Tel-Aviv, estava lotada de israelenses que estão na capital para a celebração do Pessach. O homem-bomba carregava 4,5kg de explosivos empacotados numa mochila. Ele detonou os explosivos quando um segurança o parou para revistá-lo, informaram policiais e testemunhas. Sem trégua - Trata-se do pior atentado contra alvos israelenses desde 31 de agosto de 2004, quando dois militantes suicidas palestinos atacaram dois ônibus em Beersheba, no sul de Israel. Além dos homens-bomba, 16 israelenses morreram. Este foi também o segundo atentado em quatro anos durante o Pessach. Em 2002, um ataque contra um hotel em Netanya deixou 29 mortos e desencadeou uma ampsiva israelense contra os territórios palestinos. A Jihad Islâmica promoveu oito dos nove atentados perpetrados contra alvos israelenses desde 8 de fevereiro de 2005, quando foi declarada uma trégua informal dos grupos armados palestinos - inclusive o Hamás - com relação a Israel. Apesar de obedecer à trégua negociada há mais de um ano, o Hamás, cujos membros conquistaram a maioria no Parlamento palestino durante as eleições de janeiro, considerou legítimo o atentado reivindicado pela Jihad Islâmica. 'Nós acreditamos que essa operação seja um resultado direto das políticas de ocupação, agressão brutal e cerco perpetradas contra nosso povo', disse Khaled Abu Helal, porta-voz do Ministério de Interior do Hamás. Já o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), o moderado Mahmoud Abbas, denunciou o atentado e disse ter ordenado às forças de segurança que tentem impedir novos ataques. Abbas pertence à Fatah, facção política de oposição ao Hamás. Abbas e o Hamas estão envolvidos em uma disputa interna de poder e ainda não se sabe ao certo quem realmente exerce autoridade sobre as forças palestinas de segurança. Por sua vez, o presidente de Israel, Moshe Katsav, pediu aos palestinos que rejeitem a violência. Por meio de um vídeo, a Jihad Islâmica identificou o homem-bomba como Samer Hammad, de 21 anos. Ele vivia numa aldeia palestina nas proximidades de Jenin, extremo norte da Cisjordânia.



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