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Aquecimento Global
(jornalistas O Globo)

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Aquecimento global é pior do que se imaginava
Relatório encomendado pela ONU mostra que a Terra pode ficar
até 5,8 graus mais quente em cem anos
“Jornal, O Globo”, Brasil, de 23/01/2001
XANGAI, China. O aquecimento global está acontecendo mais rápido do que se imaginava. O alerta foi dado ontem por cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas – IPCC; criado pela Organização das Nações Unidas – ONU; com o objetivo de estudar até que ponto o homem está contribuindo para a elevação da temperatura média do planeta. De acordo com o relatório, que foi divulgado em Xangai, a influência nunca foi tão intensa.
A estimativa é de que a temperatura média do planeta aumente entre 1,4 e 5,8 graus Celsius até o fim deste século, acompanhada de fenômenos como elevação do nível do mar e diminuição das geleiras.
- Não há dúvidas de que o clima da Terra está mudando. A década de 90 foi a mais quente do século XX e nunca tivemos temperaturas tão elevadas no Hemisfério Norte desde o ano 1000. As mudanças podem ser ainda mais significativas nos próximos cem anos, trazendo sérias implicações para todas as formas de vida do planeta - disse o americano Robert Watson, coordenador do estudo.
Relatório é mais pessimista do que o de 1996
O novo relatório do IPCC é mais pessimista do que o anterior, divulgado há cinco anos. O documento previa um aumento máximo de 4,5 graus na temperatura até o fim do século XXI.


- A precisão dos cálculos está maior, já que mais dados para a pesquisa climática estão sendo recolhidos ao redor do mundo. Os computadores responsáveis pelo cálculos também evoluíram. Hoje sabemos, por exemplo, que o Hemisfério Norte sofre mais com o aquecimento por ter menor extensão de oceanos para absorver o calor - explica Carlos Nobre, coordenador do Centro de Prevenção do Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O novo estudo da ONU aponta a crescente emissão de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (C02), como a principal causa do aquecimento global. A concentração de C02 aumentou 31% desde 1750 e é a maior dos últimos 420 mil anos. A emissão dos outros principais gases de efeito estufa, metano e óxido nítrico, aumentou, respectivamente, 60% e 16% nos últimos 250 anos.
- Os gases superam fatores naturais como correntes atmosféricas, marítimas e posição da Terra em relação ao Sol, ou seja, fenômenos naturais que também contribuem para as mudanças climáticas - explica Watson. - O relatório estima que as transformações naturais do clima desde 1950 correspondem a um quinto das mudanças atribuídas à emissão dos gases de efeito estufa.
Os cientistas acreditam que mais de dois terços do aumento de CO2 na atmosfera são devidos à queima de combustíveis fósseis. O resto é atribuído à exploração da natureza, em processos como o desmatamento, e, numa escala bem menor, à produção de materiais como o cimento.
Brasil também participa do painel da ONU
Os cientistas que participam do relatório do IPCC esperam que as previsões pressionem países como os EUA, maiores emissores mundiais de C02, a cumprir o Protocolo de Kioto, que tem como objetivo conter o aquecimento global. O Brasil também participa de vários estudos que contribuem para o relatório, como um realizado recentemente pelo Inpe que detectou um aumento de até 0,4 graus na temperatura da Amazônia durante o século XX.
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O caos do clima
TEMPERATURA: Em 2100, a temperatura do planeta pode estar entre 1, 4 e 5, 8 graus Celsius mais elevada. O relatório ainda mostrou que, desde 1960, a temperatura vem aumentando nas camadas mais baixas da atmosfera.
MAR: A projeção para o aumento do nível do mar varia entre nove e 88 centímetros até 2100. A elevação da água pode deixar regiões de Inglaterra, Holanda e China e países inteiros como Bangladesh e ilhas do Pacífico submersos.
GELO: A cobertura média de neve no inverno do Hemisfério Norte diminuiu 10% desde os anos 60. A duração
média do congelamento de lagos e rios encurtou duas semanas desde 1901. No Ártico, o gelo formado no inverno perdeu 40% de sua espessura.
CHUVAS: O aquecimento global aumentará a concentração de vapor d'água na atmosfera, o que favoreceria precipitações mais longas e intensas. Mas a relação entre temporais e aquecimento global ainda precisa ser melhor avaliada.
BIODIVERSIDADE: Quanto maior a temperatura, maior o risco da ocorrência de desertificação e seca. Isso destruiria muitos hábitats, ameaçando a sobrevivência: de milhares de espécies.



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