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Família, Escola e Aprendizagem
(Maria Lúcia Haddad)

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As primeiras experiências educacionais da criança, no sentido de dirigi-la e orientá-la, são proporcionadas pela família, resumindo-se num treino que, algumas vezes, é realizado num nível consciente, e na maior parte delas, acontece sem que os pais tenham consciência de que estão influenciando o comportamento dos filhos. Esse tipo de aprendizagem e ensino em diferentes níveis de consciência dá-se durante todo tempo, dentro ou fora da escola. Os pais e os professores estão sempre ensinando simultaneamente em diferentes níveis de consciência, e as crianças estão sempre aprendendo em diferentes níveis. As coisas ensinadas ou aprendidas conscientemente podem ou não ser importantes ou podem ou não se fixar. O que é ensinado e aprendido inconscientemente tem mais probabilidade de permanecer.
Henry Clay Lidgren, em seu livro Psicologia na sala de aula - O aluno e o processo de aprendizagem, afirma que um estudante pode esquecer muitas das noções que aprendeu com alguns professores, mas certamente se lembra dos tipos de pessoa que estes educadores eram e as atitudes que tinham em relação a ele. Na família ocorre o mesmo. A criança retém definitivamente os sentimentos que seus pais tem em relação a ela e à vida em geral. Sentimentos estes que serão base para o conceito que ela formará de si própria e do mundo. Se ela é desprezada, aprende a desprezar-se mas se for amada e aceita, desenvolverá atitudes positivas para a formação de seu autoconceito.
Dizem que a experiência é o maior dos mestres. Isto significa que os acontecimentos vividos pelo indivíduo em desenvolvimento, em sua casa, em seu meio geográfico, na escola, e em seus vários ambientes sociais, determinarão o que ele vai aprender e também em grande parte, a espécie de pessoa que se tornará.
Cabe ao professor estar atento às etapas do desenvolvimento do aluno, colocando-se na posição de facilitador da aprendizagem e baseando seu trabalho no respeito mútuo, na confiança e no afeto. Ele deverá estabelecer com seus alunos uma relação de ajuda atento para as atitudes de quem ajuda e para a percepção de quem é ajudado.
O professor deve conhecer o processo de aprendizagem e ver os educandos como seres humanos em desenvolvimento, informando-se sempre de como eles são fora da escola, como são suas famílias, respeitando sua dignidade, tratando-os com compreensão e ajudando-os construtivamente. Assim, desenvolverá no educando a capacidade de procurar dentro de si mesmo, as respostas para seus problemas, tornando-o responsável e agente de seu próprio processo de aprendizagem. Os métodos pedagógicos e a personalidade dos professores, com suas características pessoais, são apontados, entre outros, como responsáveis por dificuldades de aprendizagem, segundo pesquisas realizadas no sentido de se questionar a escola. Assim, a responsabilidade dessas dificuldades recai sobre a escola, que deveria transformar-se, aceitando as características lingüísticas e culturais das crianças de camadas mais populares, favorecendo a aquisição do saber dos valores, linguagem e comportamento das classes mais abastadas, sem abandonarem suas identidades e heranças culturais.



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