Saúde à mesa-Você é o que come.
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Todo alimento natural (ou seja, não-processado industrialmente) pode ser classificado como funcional, já que contêm, em doses variadas, vitaminas, minerais, enzimas ou fibras essenciais para a saúde. Em alguns casos, quando o organismo encontra dificuldade em reconhecer as substâncias que poderiam fortalecê-lo, podem ocorrer reações inflamatórias que contribuem para o desenvolvimento de males como rinite, otite, bronquite, gastrite e até celulite, ou ainda inchaços, dor de cabeça, ansiedade, falta de concentração, alterações de humor e obesidade. "Somos reflexo do que ingerimos para abastecer nossas células", pontua Denise Carreiro. Dados da OMC (Organização Mundial da Saúde) apontam que 80% das mortes por doenças crônicas não-trasmissíveis tiveram relação com a alimentação incorreta. Saiba mais sobre a atuação dos principais alimentos funcionais no organismo:Abacate (betasistosterol): Rico em vitaminas E e C, potentes antioxidantes, promove a saúde dos dentes e das gengivas e protege os tecidos do corpo dos radicais livres. Seus fitonutrientes reduzem o colesterol sangüíneo; Alho e cebola (alicina e compostos derivados): Estudos apontam que muitos compostos desses alimentos exercerem atividades anticancerígenas e antiaterogênicas. Eles ainda estimulam a função imunológica e favorecem a redução do colesterol "ruim"; Chá verde (compostos fenólicos): tem ação antioxidante que reduz o risco de câncer (particularmente o câncer de estômago) e de doenças cardíacas, impedindo a formação e desenvolvimento de tumores. Melhora ainda a produção de suco gástrico e, por isso, diminui a gordura abdominal; Couves, brócolis, repolho e nabo, entre outros vegetais crucíferos (glicosinolatos): previnem câncer e doenças cardiovasculares por sua ação antioxidante nas células. Todos são ricos em fibras que ajudam no bom funcionamento do intestino; Aveia, trigo e arroz integral, entre outras fibras (glucanas): resistentes à hidrólise (as fibras não são quebradas pelas enzimas do tubo digestivo), promovem a sensação de saciedade precoce e retardam a absorção de carboidratos, açúcar e gordura. Também reduzem o risco de câncer, particularmente aqueles do trato alimentar, tais como câncer coloretal e gástrico; Leites fermentados (probióticos): previnem o câncer intestinal e de colorretal e participam do controle da glicemia. Esses microorganismos colaboram com o funcionamento e o equilíbrio dos organismos benéficos da flora intestinal; Peixes e azeites (ômega 3): reduzem os níveis de colesterol sangüíneo e o risco de doenças cardiovasculares. Sabe-se hoje que a maior parte das doenças crônicas não-transmissíveis podem ser evitadas com o ômega 3; Pimenta (capsaicinóides): São boas fontes de antioxidantes e, segundo estudos, podem atuar como anticoagulante, prevenindo a formação de coágulos que causam ataques cardíacos ou até derrames cerebrais; Soja e derivados (isoflavona): reduzem a freqüência e intensidade dos sintomas da menopausa, previnem osteoporose, protegem contra o câncer (principalmente o de mama e o de próstata) e doenças cardíacas, e diminuem o colesterol "ruim" pela ação antioxidante da isoflavona, que também combate os radicais livres; Tomate vermelho, amora e goiaba vermelha (carotenóide licopeno): protegem contra o câncer de próstata e contra doenças cardiovasculares (o tomate na forma de molho tem ainda mais concentração de seu componente ativo) e neutraliza os radicais livres. EnlatadosO problema é que a sociedade industrial e a vida nos grandes centros urbanos têm criado gerações de pessoas sedentárias, estressadas e com péssimos hábitos alimentares. É para elas que a mercado não pára de criar uma infinidade de produtos industrializados que se apresentam como funcionais e pretendem suprir as deficiências nutricionais, além de evitar o risco de doenças. Leite longa vida acrescido de ômega 3, farinhas com fibras, vinagre com acerola, além de fórmulas à base de proteína de soja com dosagens de isoflavonas estão entre os alimentos "enriquecidos".Desde 99, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde) aprovou a regulamentação desses alimentos e ingredientes. Entre os recentemente estudados, estão os prebióticos e os probióticos. Os primeiros são alguns tipos de fibras alimentares, que facilitam o trânsito intestinal e reduzem desconfortos e até mesmo doenças. Já os probióticos são microorganismos adicionados a certos alimentos - leites e iogurtes, especialmente - que reforçam a ação das bactérias benéficas e diminuem a ação das patogênicas.
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