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O Buda do Subúrbio
(Hanif Kureishi)

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Buda do Subúrbio é a história de Karim Amir, inglês de nascimento e filho de um indiano de religião muçulmana e de uma inglesa. Karim vivia em Londres nos anos 70, envolvido com literatura e música. Karim morava numa região periférica de Londres, que ele chamava “subúrbio”. O texto ocupa-se bastante do convívio de Karim com a figura de seu pai, marcada ao mesmo tempo pelo afeto e pelo distanciamento crítico. A mãe era uma mulher rechonchuda, antiatlética, de rosto claro e redondo e meigos olhos castanhos. Em boa parte da narrativa, observamos Karim ironizar o envolvimento de seu pai muçulmano com budismo, confucionismo e zen para ganhar dinheiro. A ironia do romance surge com freqüência quando Karim Amir experimenta o desajustamento: entre culturas, sexos e gerações. O pai de Karim, Haroon, era um funcionário britânico já fazia vinte anos, ele chegara há Inglaterra já havia vinte anos, mas ainda parava estranhos nas ruas para pedir informações sobre locais que ficavam a duzentos metros de distância, em uma área onde vivera durante duas décadas. Em criança, Karim sonhava em mudar-se para Londres. No decorrer de seu livro, ele traça retratos finos de figuras com as quais ele se relaciona ou torna-se amigo: dialoga com Eva, uma amiga apaixonada pelos Rolling Stones, que sugeriu a Karim ler o Cândido de Voltaire no lugar de Keroauc (aquilo não é literatura, é datilografia, diz ela, repetindo o destrutivo julgamento de Truman Capote) e dançava como Isadora Duncan. Por outro lado, Karim admira muito um jovem inglês rebelde chamado Charlie que, como Karim, envolve-se com rock e com seu charme, atrai meninos e meninas. O pai envolve-se com Eva, enquanto Karim aproxima-se cada vez mais por Charlie, até desiludir-se com ele, depois de anos de amizade. Pai e filho entram em conflito: o filho o chama de renegado muçulmano, que soltava blasfêmias cristãs ao bancar o budista, enquanto o pai, vendo-o com Charlie, reclamou de sua homossexualidade. O livro detêm-se bastante no esforço de Karim para adaptar-se à Inglaterra, sem deixar de lado sua identidade e sua herança. Sem ser muito religioso, o rapaz fala bastante a respeito da comida indiana, que ele adora, dentre outros pratos, como os kebabs. Karim narrou seu drama como mestiço no Império de Sua Majestade, resistindo muitas vezes, como em sua experiência teatral, em representar o tipo de imigrante inadaptado e que não conseguia falar inglês, ou seja, muitas vezes Karim sentia-se forçado a representar o estereótipo desejado pelos ingleses racistas. Acompanhando a carreira de Charlie, indo com ele para New York, Karim viu com ironia sua busca pela moda: ele se enturmou com os punks, seguiu a moda musical britânica, passando do barroco exagerado para a garagem raivosa, posando de jovem rebelde, cuspindo e insultando a mídia. Finalmente, Charlie tornou sua banda, o Mustn’ t Grumble, uma das bandas Punk e New Wave mais famosas. Charlie, segundo a observação crítica do amigo, estava magnífico em seu veneno, sua raiva manufaturada, sua fúria, seu desafio. Que poder ele tinha, que admiração despertava, que olhares provocava nas meninas. Ele era brilhant: reunira os elementos certos. Era um truque, um disfarce maravilhoso. A única falha, disse para Karim, rindo, estava nos dentes brancos como leite, saudáveis. Eles denunciavam toda a farsa. Karim terminou desiludido com Charlie, que dedica-se a rituais sadomasoquistas e lhe parece, doravante, insensato. Karim começou uma carreira de escritor, e sua glória era bem menor do que a de Charlie, mas ele estava mais centrado e mais satisfeito. Distanciando-se do mundo da moda, do rock and roll, retornou a Londres e reencontrou-se com os pais e Eva.



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