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Alemanha vira Kosher
(José Pedro Antunes)

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Enquanto Silvio Berlusconi emitia suas calculadas opiniões contra os alemães, como eternos nazistas, no Brasil é mostrada uma outra Alemanha – paraíso social e alvo principal para a imigração de judeus. As piadinhas tipo campo de concentração de Berlusconi e os rompantes do seu ministro do turismo, demitido nesse meio tempo, contrastam fortemente com a imagem da Alemanha que os meios de comunicação brasileiros projetam no momento. Enquanto o "Jornal do Brasil", sarcasticamente, traz no título as excusas a contragosto do presidente italiano ("Berlusconi pede desculpas a Schröder"), a maior e mais influente revista semanal do país, a "Veja", exibe números espantosos. Num dossiê que tem por título "Alemanha vira kosher", a revista informa sobre uma tendência que só poderia deixar Berlusconi boquiaberto: pouco mais de meio século depois do holocausto, a Alemanha é o paradeiro europeu preferido dos judeus. No ano de 2002, 19.262 judeus da Europa do leste emigraram para a Alemanha, número que supera os de Israel (18.878), sendo quase o dobro dos registrados nos EUA (10.000). Esses imigrantes provêm, em sua maior parte, das ex-repúblicas soviéticas, fugindo ao antissemitismo por lá ainda virulento. Pesquisas realizadas entre os emigrantes mostram que os judeus consideram a Alemanha o país mais liberal da Europa. "A Alemanha", afirma a revista, "transformou-se em porto seguro para imigrantes em geral." Valorizam-se, sobretudo, o sistema de ensino gratuito até o Abitur [NdT.: exame, ao final do ensino médio, que permite o acesso à universidade] e as realizações sociais, as mais altas em toda a Europa, seus esforços no sentido da integração. De 1990 a 2003, de acordo com a Veja, elevou-se o número de imigrantes de 33.000 para 200.000. Aliás, continua a revista, é ainda menos da metade do número de cidadãos judeus que viviam na Alemanha em 1942 (500.000), mas o saldo é animador. A Alemanha teria aprendido com a História. A Veja registra um autêntico boom em lojas kosher, bibliotecas e cafés judeus, e isso não somente em Berlim, como também em Halle, Potsdam e Rostock – cidades do leste, portanto, que, em razão da escalada antissemita, em parte foram responsáveis por manchetes negativas no mundo inteiro no início dos anos 90.



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