O Globo
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"A PARTIR DE AGORA, VIDA NOVA", DIZ BERZOINI AO REASSUMIR PT Três meses depois do afastamento da presidência do PT por conta do episódio do dossiê, o deputado Ricardo Berzoini (SP) reassumiu o cargo nesta terça-feira (2). A partir de agora, vida nova, afirmou. Berzoini voltou à presidência do PT em um almoço num restaurante de Brasília que contou com a presença de parlamentares petistas e de ministros, como Tarso Genro (Relações Institucionais) e Paulo Bernardo (Planejamento). Ele deixou a presidência do partido logo depois do primeiro turnodas eleições presidenciaisdurante as investigações da Polícia Federal sobre a operação de compra de um dossiê da máfia dos sanguessugas contra políticos do PSDB. Pessoas ligadas à campanha nacional do PT participaram da negociação de compra desses documentos. Então coordenador da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Berzoini se afastou não só dessa função como também da presidência do partido. Neste período, foi substituído em ambas as tarefas por Marco Aurélio Garcia, então assessor especial de Lula. As conclusões da PF e da CPI dos Sanguessugas não incluíram Berzoini na relação de envolvidos com o caso. Para Berzoini, sua atitude de afastamento foi coerente. O afastamento foi correto. Houve ilações indevidas atribuídas à minha pessoa. Está superado, afirmou. Vamos trabalhar para um PT unido e coeso, ressaltou.Berzoinidefendeu a antecipação do processo eleitoral interno do partido, marcado para setembro de 2008. "Quando fui eleito em 2005, discutiu-se se seria um mandato de transição ou de três anos. Seja qual for a hipótese,é necessário antecipar um pouco porque temos eleições municipais em 2008", disse. Segundo ele, as hipóteses prováveis são a antecipação das eleições internaspara o segundo semestre deste ano ou o primeiro de 2008. Quem vai decidir isso é o Congresso Nacional do partido em julho, disse. Perguntado se pretende disputar a reeleição, preferiu não se manifestar. Depois vemos isso.O presidente do PT afirmou ainda que o partido tentará entrar num acordo para a presidência da Câmara em torno de um candidato único da base aliada do governo. No momento, o PT quer o posto com o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), enquanto o atual presidente da Casa e aliado de Lula, Aldo Rebelo (PC do B-SP), é candidato à reeleição. "Vamos trabalhar para um candidato único", afirmou.
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