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o fluido universal
(chico xavier)

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Quem poderia imaginar que uma despretensiosa afirmativa dos espíritos, feita há quase 150 anos, pudesse ser considerada como uma chave para solucionar um problema atual da Cosmologia ? Estamos falando da questão número 27 do Livro dos Espíritos [1,2]. Nesta questão, Kardec pergunta se haveria dois elementos gerais no Universo (espírito e matéria) ao que os espíritos respondem afirmativamente, acrescentando-se "...acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas"[2]. A afirmativa que nos chamou atenção para este artigo é a última frase desta resposta: "Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá"[2](Grifos nossos.). Voltaremos a ela após apresentarmos o problema atual que a Cosmologia ainda não resolveu.


A Ciência, hoje, desenvolveu-se bastante a ponto de nos fornecer uma idéia melhor sobre o Universo. Os livros da referência [7] e [8] trazem uma discussão acessível sobre os atuais modelos cosmológicos. Sabemos, por exemplo, que o nosso planeta, relativamente ao universo, se compara a um minúsculo grão de areia e que o nosso sistema solar é dos mais simples. Existem milhares e milhares de galáxias, cada uma contendo bilhões de sistemas solares, cada um contendo seus planetas. Conforme discutido no Evangelho Segundo Espiritismo[9] no capítulo III "Há muitas moradas na casa de meu Pai", a grandeza do Universo não deixa dúvida quanto à existência de humanidades irmãs habitando outros orbes. Segundo a Ciência, o Universo teria em torno de 12 a 15 bilhões de anos, mas isto ainda não é uma informação definitiva conforme veremos a seguir.

A Ciência, ao contrário do que se imagina, às vezes, não tem a palavra final sobre um determinado assunto. Vemos todos os dias novos medicamentos e tratamentos sendo utilizados em lugar de antigos que foram considerados ultrapassados. Vemos ainda, novos experimentos levando a Ciência a novos paradigmas sobre a realidade, como aconteceu com o surgimento da Física Quântica. E, apesar do conhecimento que temos do Universo que nos rodeia, existem questões em aberto que desafiam os cientistas nos dias de hoje. Pretendemos discutir algumas que nos parecem estar ligadas à afirmativa feita pelos espíritos na questão número 27, citada no primeiro parágrafo. Antecipando as conclusões, desejamos estimular e incentivar aos espíritas que, porventura, estudem Cosmologia a pensarem na hipótese, formulada pelos espíritos, como um caminho para encontrar-se uma teoria que resolvesse tais problemas.

Assim sendo, este artigo discutirá a questão na seguinte ordem. Na seção II pretendemos fazer um breve histórico sobre a origem do problema que incomoda os cientistas na atualidade, bem como mencionar as evidências experimentais que o suportam. Na seção III reescreveremos as questões número 27, 29 e 36 do Livro dos Espíritos mostrando como elas se ligam ao problema. Na seção IV nós discutiremos o valor científico da afirmativa dos espíritos e o cuidado que nós, espíritas, devemos ter na divulgação destas idéias. Na seção V nós resumiremos as principais conclusões.

II Um breve histórico

O ponto inicial do problema que a Ciência está tentando resolver é a chamada equação de Einstein para todo o Universo. Não é importante para nós, aqui, analisarmos esta equação2, mas apenas um termo que Einstein teve que adicionar a ela, a chamada Constante Cosmológica.

Einstein assim o fez porque percebeu que sua equação tinha como solução um Universo dinâmico, sendo que a idéia aceita na época era de um Universo estático (entre as décadas de 1910 e 1920). Porém, anos depois, um pesquisador chamado Hubble descobriu, através de observações astronômicas, que o Universo estava se expandindo, e não era estático como se pensava. Einstein, então, resolveu tirar de suas equações a constante cosmológica que continha as correções para que o Universo fosse estático, com um sentimento de desapontamento consigo mesmo por tê-la proposto antes. O que Einstein não poderia imaginar era que a sua constante cosmológica teria que ser, novamente, considerada para dar conta de explicar as posteriores observações astronômicas.

Que o Universo está se expandindo, isto já é do conhecimento de todos os cientistas desde há muito tempo. Porém ainda não se sabia a que taxa isto está acontecendo. Esta informação é importante, por exemplo, para se estimar a idade do Universo. Um problema conhecido como A Crise da Idade[4,10], surgido na década de 1990, se refere aos primeiros cálculos e estimativas da sua idade. Os melhores cálculos, usando-se as equações de Einstein sem a constante cosmológica, resultavam num Universo com, aproximadamente, 10 bilhões de anos.

Isto estava em franco desacordo com as observações astronômicas que detectaram objetos a 15 bilhões de anos-luz3 de distância da Terra. No entanto, foi uma outra evidência recente que veio colocar mais dúvida nesta questão[11]. Alguns pesquisadores chegaram a conclusão de que o nosso Universo estaria se expandindo numa taxa maior do que no passado. Isso complica a 2 O artigo da referência [3] contém uma revisão bastante técnica do assunto, caso seja de interesse do leitor.



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