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Prometeu II
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O Fogo Arrebatado aos Homens

Júpiter, furioso por ter sido enganado, quis vingar-se dos homens, dos quais Prometeu é protetor, e roubou-lhes o fogo, sem o qual todo e qualquer trabalho é impossível. Mas Prometeu não se deu por vencido, e conseguiu roubar uma faísca do fogo do céu, que se apressou em levar aos homens. Dessa vez, Júpiter, vendo-se decididamente iludido pelo Titã, não conteve o ressentimento e resolveu punir simultaneamente os homens e o protetor. A grosseria dessa lenda é uma prova de sua grande antigüidade; no entanto, não deu origem a nenhuma representação plástica no período arcaico. Nas narrações dos poetas, o fogo estava contido numa folha e invisível a todos os olhos; pelo contrário, o oleiro mostra a chama a sair de um vasinho que o Titã segura com a mão.

Júpiter diz a Prometeu: "Filho de Japeto, rejubilas-te por haveres roubado o fogo divino e iludido a minha sabedoria; mas esse ato será fatal a ti e aos homens que hão de vir. Para vingar-me, enviar-lhes-ei um funesto presente que os enfeitiçará e fará com que amem o seu próprio flagelo." (Hesíodo).

Suplício e Libertação de Prometeu

Júpiter revelou-se cruel para com Prometeu e, a fim de puni-lo por ter dado o fogo aos homens, agrilhoou-o ao Cáucaso. Uma águia lhe dilacerava constantemente o fígado e a sua carne renascia imediatamente para que o suplício se renovasse todos os dias. A luta de Júpiter contra Prometeu foi interpretada de maneira assaz diferentes, mas segundo os trágicos seria possível ver nela uma vaga recordação de uma mudança de crenças. Na antigüidade, Prometeu ficou como tipo de justiça esmagada pela força, da consciência humana protestando contra um poder inexorável.

O suplício de Prometeu teria, no entanto, fim. Hércules, o matador dos monstros e grande reparador de erros, livrou o Titã matando a águia que o roía. Prometeu, que conhecia o futuro, predissera que quem desposasse a Nereida Tétis, teria um filho mais poderoso que o pai, e o rei dos deuses, sabendo de tal profecia, renunciou ao projeto de unir-se a Tétis. Como recordação desse serviço, Júpiter não obstaculou a libertação de Prometeu; mas já que afirmara que o suplício duraria milhares de anos e que um deus não deve mentir, excogitou-se um subterfúgio. De um dos elos da cadeia que agrilhoava o Titã se fez um anel, no qual se introduziu um pedacinho do rochedo; desse modo, Prometeu continuava sempre preso ao Cáucaso.

Um interessante sarcófago no museu Capitolino fixa em várias cenas toda a lenda de Prometeu. Há algumas variantes na história de Prometeu: alguns lhe atribuem a fabricação da mulher, bem como a do homem, o que tiraria toda a razão de ser da linda Fábula de Pandora. Entretanto, existem sobre essa versão monumentos que não podemos desprezar. Um baixo-relevo antigo nos mostra Prometeu segurando um desbastador e modelando a primeira mulher; um homenzinho ainda não animado está deitado aos pés do escultor e quem Mercúrio conduz uma alma, caracterizada pelas asas de borboleta, e que irá habitar o corpo terminado por Prometeu. Atrás de Mercúrio, vemos as três Parcas que fiarão o destino da nova criatura. O touro, o burro e a lebre, colocados perto do escultor, relembram uma tradição segundo a qual Prometeu, ao formar a espécie humana, misturou ao limo de que se servia as qualidades dos diversos animais.



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