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Ensaio sobre o Poder
(Pablo Silva Machado Bispo dos Santos)

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A partir de reflexões realizadas mediante o estudo de obras relativas ao tema poder (especialmente as de autores como Pierre Bourdieu e Michel Foucault), Pablo Silva Machado Bispo dos Santos realiza uma reflexão sobre este elemento da realidade, a qual será apresentada nos tópicos que se seguem abaixo:1 – Natureza do poder:Sobre a natureza do poder, a perspectiva adotada pelo autor induz-nos a pensar que o poder não se constitui em um elemento natural, mas sim em uma escala de percepção da legitimidade que as proposições (e práticas) de indivíduos, grupos ou instituições possuem em relação a nós mesmos, e, aos membros da relação reconhecedores do poder instituído (ou em vias de se instituir).2 – Condição de existência do poder:Como o poder se constitui em função de quem o reconhece, logo, como condição sine qua non para sua existência, pressupõe para sua existência, ao menos dois elementos humanos (indivíduos, grupos e instituições), em uma situação na qual um desses necessariamente deve reconhecer a prevalência do outro em termos físicos e/ou simbólicos (lingüísticos, culturais e sociais) sobre si próprio em um dado momento, em uma dada instância, em um dado espaço.3 – Tipos e manifestações do poder:O autor analisa a questão do poder de modo a entendê-lo como sendo algo que tem como pré-condição para seu reconhecimento (e, portanto, para sua existência), um modo particular de articulação entre força e signo (variável segundo o(s) indivíduo(s), grupo (s) ou instituição (ões) a que se objetiva submeter, já que o intelecto humano depende de signos para realizar a mediação entre o elemento concreto e a percepção deste, elaborada na instância cognitiva).A respeito das articulações acima mencionadas podemos identificar algumas manifestações, as quais serão explicitadas a seguir:3.1 PoderFísico: Poder exercido em função (ao menos em um primeiro momento) de uma atitude de coerção, repressão, (muitas vezes com danos) à concretude de um elemento, podendo ser dirigido o ato inicial à propriedade deste, ou mesmo, ao(s) corpo(s) do(s) referido(s) elemento(s) (em nível individual ou grupal). Cabe observar que a origem dessa manifestação, apesar de ser física ou concreta, só pode se perpetuar devido à ação dos signos, os quais tornam possível que esta primeira ação de força seja conhecida e lembrada ao longo do tempo por aqueles cuja ação foi destinada. 3.2 Poder Simbólico: Devido à relação entre força e signo, o autor parte do princípio que os signos acabam por ser veículos da força, mas ao mesmo tempo se constituem em geratrizes de novas relações desiguais de força (o que se deve ao reconhecimento por parte de quem sofre a ação de tal força, do signo que a codifica). Nesse sentido, buscamos apresentar algumas manifestações dessa expressão do poder, as quis encontram-se assinaladas abaixo.3.2.1) Poderlingüístico: se manifesta nas diferenças de reconhecimento concedido aos diversos modos de falar peculiares aos indivíduos e/ou grupos presentes em um dado espaço. Uma expressão dessa manifestação de poder encontra-se consubstanciada no que se convencionou denominar norma culta da língua, a qual exclui necessariamente outras modalidades de escrita e fala de alguns espaços onde esta é tida como a mais correta.3.2.2) Poder de posição e autoridade: poder derivado da ostentação (por parte de alguns elementos) de “signos de poder” pertinentes aos elementos a que se dirigem, e que sofrem grande influência dos espaços onde se exerce, devido ao fato de os signos serem oriundos desses espaços, os quais possuem um poder codificado, associado à natureza destes (sacralização do espaço). Como exemplos dessa manifestação, indicamos: a) poder político exercido por políticosem locais de representação política; b) poder sacerdotal exercido por sacerdotes em instituições religiosas; c) poder econômico exercido por detentores de capital econômico em instituições financeiras; d) poder professoral exercido por professores em salas de aula de escolas.



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