Resumo de Ilhas Flutuantes -

TURISMO - ILHAS FLUTUANTES Resumo de Sonia Mattos Saindo da Bolívia e entrando no Peru, às margens do lado peruano do Lago Titicaca, fica a cidade de Puno, berço da civilização incaica. Algumas pessoas não acham essa antiga cidade bonita e, a não ser pelas ilhas flutuantes do lago e pelas tumbas funerárias pré-incaicas, que sepultavam a nobreza Tiahuanaco, não haveria motivo para visitá-la. Lá, um dia basta. Puno foi fundada em 4 de novembro de 1668 e possui hoje 80.000 habitantes. Situa-se às margens do Lago Titicaca (lago navegável mais alto do mundo) a uma altitude de 3855 metros. É muito fria à noite, principalmente no inverno (junho a agosto) quando é normal a temperatura cair abaixo de zero. No verão deve-se ter cuidado com o sol. O uso de protetor solar é recomendável. Nas ilhas flutuantes está a Ilha dos Uros, etnia que vive da pesca e venda de artesanato em suas cabanas rústicas. Situada na parte norte da baía de Puno, essa ilha de densa vegetação, formada de totora (planta comum nas margens dos lagos andinos. Sua fibra é usada para tecer embarcações e objetos utilitários e artísticos), é uma das mais inusitadas atrações do turismo mundial. Imperdível! Puno e suas Ilhas Flutuantes O centro da cidade tem um comércio bastante movimentado, onde se pode comprar artesanatos e roupas de lã (alpaca), a preços bastante atrativos (possivelmente os melhores do Peru). Possui uma infraestrutura voltada ao turismo com muitos hotéis, restaurantes, agências, lojas, etc. Chega-se normalmente a Puno partindo-se da Bolívia, de ônibus (4 horas de viagem), ou de Cuzco por trem (11 horas). Tem também ônibus comum de Cuzco para Puno. Pode-se chegar também através de Arequipa. A lenda conta que Manco Capac, o primeiro Inca, e sua esposa e irmã Mama Ocllo saíram das águas do Titicaca para fundar o Império Inca. Diz-se que os índios Uros, que habitam as famosas ilhas flutuantes artificiais do lago, seriam descendentes do casal real. Mercado O mercado fica aberto até aproximadamente às 20:00h e as lojas até às 22:00h. Pode-se comprar, a preços bastante acessíveis, roupas de lã, artesanatos, etc. Como num mercado persa, deve-se pechinchar bastante. É comum conseguir-se desconto de 30 a 40%. Uma visita à Ilha Uros (menos de 1 hora de barco) causa um verdadeiro impacto na nossa cabeça. Os hábitos, tradições e costumes dos habitantes são bastante diferentes da nossa tradicional cultura. Viver numa ilha que balança é realmente diferente. A existência das ilhas flutuantes remonta a centenas de anos atrás. Atualmente centenas de pessoas vivem nas 40 ilhas. As maiores contém diversas cabanas, escola, bar, banca de venda de artesanatos, etc. É impossível sair de lá sem comprar alguma coisa. As ilhas são fabricadas de totoras (espécie de junco) que crescem no meio do lago. A cabana e quase tudo o mais que se utiliza na ilha é feito de totoras inclusive artesanatos, suco, comida, etc. A cada 15 dias as totoras que servem de piso para a ilha tem de ser substituídas. As totoras secas que foram substituídas são então utilizadas como combustível. O nativo fala o aymara (descendentes dos tiahuanacotas) e vivem da pesca e do turismo. Os pescadores se orientam pelo canto dos pássaros que funciona como um preciso relógio. As crianças recebem atenção especial das mães até os cinco anos. Após esta idade aprendem a nadar e é comum serem vistas passeando de canoa no lago ao redor das ilhas. Freqüentam a escola na própria ilha. Os professores vêm de Puno remando pela manhã e retornam ao entardecer. O governo colocou baterias solares na ilha, pois as velas que eram utilizadas para iluminação freqüentemente provocavam incêndios nas cabanas. É um passeio fascinante. Vale a pena conhecer.

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