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O pael do professor de língua estrangeira: uma retrospectiva
(Fernanda Thomaz Maza)

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O PAPEL DO PROFESSOR DE LÍNGUA ESTRANGEIRTA: UMA RETROSPECTIVAFernanda Thomaz Maza O objetivo do presente texto é verificar o papel do professor no ensino de língua estrangeira ao longo do século XX, tendo em vista que os professores de língua estrangeira também são responsáveis no processo que prepara o aluno para interagir com competência, segurança e criatividade num sistema de globalização, onde a linguagem, hoje mais que a cultura, é o recurso mais importante para a inclusão do individuo como cidadão do mundo. A autora adota como referenciais teóricos alguns autores importantes, que tratam do ensino/aprendizagem de uma língua estrangeira e, portanto, abordam o papel do professor em determinadas épocas. No final do século XIX, Henry Sweet (1899) acreditava que todo estudo de uma língua deveria ser baseado na fonética, pois ela proporcionaria uma estrutura analítica e uma metodologia prática para a aquisição de uma pronuncia perfeita. Acreditava também que a fonética oferecia um sistema mais confiável da significação sonora do que a ortografia tradicional e então serviria como disciplina cientifica, a partir de uma abordagem em que o treinamento de professores de língua poderia ser construído.No início do século XX, Palmer (1917) valoriza o espaço vivencial da sala de aula, que passa a ser um local investigatório de busca da sistematização da aprendizagem. Para ele, o professor é um pesquisador, pois colocava o estudo da língua sob bases científicas. “Era também um escritor de métodos e um crítico de seus próprios métodos”. Nas décadas de 40 e 50, Fries (1945) baseava-se na analise contrastiva, ou seja, na comparação da língua materna com a língua estrangeira no ensino de língua. Tal análise restringia-se ao âmbito da lingüística. Então segundo Fries (1945) o professor deveria ter no falante nativo um padrão a ser seguido. Lado (1957) também se baseou na analise contrastiva. Para Lado, a preparação de materiais pedagógicos e experimentais devia se basear na comparação sistemática da língua e da cultura a serem aprendidas, com a língua nativa e a cultura do aluno. Lado também aponta o professor como não só aquele que conhece a língua, mas também o que prepara o material a ser usado em sala de aula. Na década de 70 teve início o movimento da abordagem comunicativa. Widdowson (1978) desenvolveu a idéia da distinção entre o usage (emprego) e use (uso) da língua. Assim, o usage dependeria do conhecimento das regras gramaticais da língua, e o use, do modo como esse sistema seria realizado, como propósito de comunicação normal. Dentro desta visão o professor deveria selecionar materiais que apresentassem textos com combinações de atos ilocucionários, que constituíssem uma unidade aceitável de comunicação. Na década de 80 o enfoque principal é dado à aprendizagem da língua e não mais do ensino da mesma. Esse período é representado por Krasshen (1981) que acreditava que a aquisição era algo espontâneo e natural e a aprendizagem era consciente, ocorrendo em sala de aula. O papel do professor seria fornecer um feedback apropriado para o aluno desenvolver um sistema lingüístico interno, conscientizando o aluno do processo de aprendizagem. Além disso, o professor também deveria ser motivador, pois se aluno estivesse efetivamente aberto haveria aquisição. E, na década de 90 Richards (1990) nos diz que o ensino de uma segunda língua, os programas voltados para a educação do professor pressupõe o conhecimento lingüístico e a teoria da aprendizagem da língua, assim como um componente prático, baseado na metodologia da língua. Nesse período o professor deve ser visto como pesquisador, que a partir da própria vivência em sala de aula e da contínua observação de sua classe, associada à troca de experiência com seus colegas de área, possa explorar, sempre e com os mesmos o porquê dos acontecimentos. O papel do professor, como pesquisador, continua até nossos dias. O professor de hoje é um profissional participativo, observador de sua própria prática e da pratica de seus colegas. Ele não é mais um modelo, o detentor do saber, que apenas treina seus alunos. Torna-se o facilitador da aprendizagem e tem como principal função, em sala de aula, dar significação ao processo pedagógico.



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