BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


O Brasil em revista: a indig?ncia intelectual da educa??o
(Pablo Silva Machado Bispo dos Santos)

Publicidade
No presente abstrato chamo a atenção para um fenômeno ocorrido na atualidade: O empobrecimento da prática de estudo, ensino e pesquisa em escolas e universidades. No que diz respeito ao primeiro dos tópicos, chama a atenção o processo de desvalorização do conhecimento por uqe passam escolas e universidades brasileiras na atualidade. Os sistemas de avaliação internacional do ensino, como o PISA indicam que no Brasil ocorre um decréscimo significativo dos índices de domínio de competências básicas (como: produzir seus próprios textos e/ou estabelecer relações lógicas entreelementos de sentido presentes em vários espaços narrativos) entre os estudantes das escolas brasileiras. Paralelamente a isto, alguns mecanismos internos de avaliação educacional como oSistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB) e o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), informam que (respectivamente, no ensino básico e no ensino superior) os estudantes (PASMEM!) SAEM COM ÍNDICES DE COMPETÊNCIAS COGNITIVAS INFERIORES AOS QUE POSSUIAM AO ENTRAREM NAS ESCOLAS. Mas o que provoca esta situação caótica e perniciosa? Vários são os fatores que concorrem para tanto. Falarei de um, que é pouco abordado na literatura nacional da área de Educação: o valor atribuído ao estudo pelos alunos. Em um País em que faltam oportunidades de emprego, e em que o ensino não se encontra organizado em um Sistema Nacional (o Brasil até hoje não o possui), é difícil aos jovens pobres (e eles são a grande maioria da população escolar), é difíil convencê-los de que a escola (ou a universidade) possa oferecer-lhes mais que um diploma. Na atualidade as escolas possui uma associação pérfida entre professores mal-preparado, más condições de infra-estrutura e uma rede administrativa de órgãos cujas propostas não se relacionam com as da realidade escolas brasileira (vide dados do SAEB 2005). Esta situação ao ser percebida pelos estudantes leva-lhe a desprezarem o estudo como valor (ver pesquisa de Isabel Lélis a respeito do Ofício do aluno), contribuindo portanto para uma profunda e grande situação de desinteresse intelectual, em todos os níveis de ensino. Partindo do princípio que os estudos demonstram corretamente a perda das competências cognitivas na escola, temos em muitos casos a insólita situação de vermos recém-formados em universidades que na realidade tem menos competências cognitivas o que muitos semi-analfabetos (a este respeito consultar dados do ENADE 2006 em: www.inep.gov.br/ENADE). Todo este quadro gera uma imensa indigência intelectual em uma população escolar que tende a reproduzir para as próximas gerações os padrões desintegradores da lógica de formação escolar. Para que possamos ainda melhor conceber esta situação, devemos observar que as políticas de (des) investimento realizadas em Educação nos últimos 20 anos são a prova de que o Estado Brasileiro acaba por subsidiar este empobrecimento intelectual. Dados do Ministério do Planejamento apontam que boa parte os recursos financeiros destinados à Educação (já bastante escassos em um país continental e com problemas tão profundos) são desviados para o pagamento de dívidas públicas do Estado, sem contar que muitos dos recursos restantes são desviados pela corrupção cada vez mais crescente na administração pública nacional. Além da má gestão administrativa e financeira, temos um campo pedagógico de pesquisadores e professores que se apega a modismos os mais esdrúxulos possíveis, contribuindo mais ainda para que as idéias pedagógicas propostas nunca cheguem a efetivar-se nas escolas, mas antes, se tornem veículos de auto-promoção dos "autores" (muitas vezes meros plagiadores) de tais teorias. Este é um quadro que chamo de "indigência intelectual", pois na atual conjuntura o Brasil posta-se frente aos organismos internacionais (como a UNESCO, órgão da ONU) como se fora um mendigo a solicitar que alguém venha a socorrê-lo em sua miséria. O problema porém é que uma vez tendo este socorro chegado, o própriomendigo emprega novamente mal os recursos recebidos e finge acatar as decisões do benfeitor com o objetivo de pedir mais recursos. Um exemplo disto pode ser visto com o primeiro momento em que no Rio de Janeiro (início da década de 1990) são implantadas políticas de promoção automática nas escolas. Tais políticas ocnsistem simplesmente em não reprovar os alunos na primeira série, deixando-os passarem para a segunda série mesmo sem saber ler, escrever e contar. Muito curiosamente à esta época a UNESCO financiava programas de redução da repetência escolar, e eis que o Rio de Janeiro ao mostrar o relatório das políticas de aprovação na primeira série desenvolvidas consegue com louvor tal financiamento (mais de 90% das crianças são aprovadas). É óbvio que foi omitido o modo como tais políticas se desenvolveram e isto mascara o enorme golpe aplicado junto aos organismos internacionais, já que na realidade não foi melhorada a educação, mas sim eliminado o recurso da reprovação, e como passavam automáticamente de série, os alunos não mais apresentavam nenhum índice de reprovação. Este exemplo ilustrao quadro de uma indigência intelectual na Educação, o qualeu espero que um dia termine no Brasil.



Resumos Relacionados


- Http://inep.gov.br/

- Políticas Públicas

- Www.mec.gov.br

- A Educação Básica Pede Socorro

- Educação No Brasil



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia