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A Menina do Mar
(Sophia de Mello Breyner Anderesen)

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A menina do mar
Era uma vez uma casa branca nas dunas, onde morava um menino que passava os dias inteiros a brincar na praia. Ele adorava as rochas, as poças, as algas ... Um dia estava deitado numa rocha a apanhar sol, quando ouviu umas gargalhadas estranhas. Devagarinho espreitou e viu um grande polvo, um carangueijo, um peixe e uma menina muito pequenina, todos a rir. A menina saiu da água e começou a dançar. Quando acabou foram-se todos embora e entraram numa gruta. O rapaz não pode entrar pois não cabia.
No dia seguinte foi para o mesmo sitio e lá estavam eles a fazer uma roda. Ele saltou e agarrou a menina, que pediu ajuda aos amigos e ficou muito aflita. O menino disse: - Não grites, eu não te faço mal. Depois de ela se acalmar foram sentar-se numa rocha e ele pediu para ela contar quem era e como vivia.
E ela contou, que era uma menina do mar, e falou dos seus amigos e dos lugares no fundo do mar. No fim ele levou-a para o mesmo sitio onde a tinha agarrado e onde os seus amigos a esperavam. Combinaram encontrar-se no dia seguinte, no mesmo sitio e ela pediu: – traz-me qualquer coisa da terra.
No dia seguinte ele foi ter com ela e levou-lhe uma rosa encarnada e perfumada. – É linda – disse ela. - Cheira-a – disse ele. - Que perfume maravilhoso, no fundo do mar não há perfume. E ficou um pouco triste.
Novo dia e lá foi o menino para o sitio do costume. Desta vez levou uma caixa de fósforos que deu á menina. Acendeu um e mostrou-lhe o fogo. Ela adorou – é um sol pequenino- disse ela. E nessa tarde ele contou como era a sua casa, o seu jardim, as cidades, os campos e muitas coisas mais. Ele queria levá-la e mostrar-lhe as coisas da terra, ela queria levá-lo e mostrar-lhe o fundo do mar, mas era impossivel.
No dia seguinte ele levou vinho. Explicou donde vinha, e que tinha sabor, a menina bebeu e riu-se. Achou o vinho alegre. E ficou triste por não poder ir ver mais coisas da terra. Mas o menino teve a ideia de trazer um balde, encher com água e assim poder passeá-la pela terra. Ficou combinado que no dia seguinte era isso que fariam.
Na manhã seguinte ele chegou com o balde pronto para partir. Mas a menina chorava, pois os búzios tinham contado á Raia a ideia e ela ficou furiosa e mandou os polvos para não deixarem a menina ir. - Não faz mal, salta para o balde que eu corro, e eles não me apanham – disse o menino, e pegou nela e pô-la no balde. Nesse momento surgiram polvos de todos os lados. Estava cercado e não podia fugir. Eles agarraram-no pelo pescoço e ele desmaiou. Quando acordou, a praia estava deserta, levantou-se e foi para casa devagar.
Passaram muitos dias, e o menino voltava muitas vezes á praia mas nunca mais viu a menina. Até que veio o Inverno, e ele sentado numa rocha viu uma gaivota que trazia uma coisa no bico. Ela deixou cair aos pés dele um frasco, com uma água muito clara e luminosa. Disse-lhe que era a menina do mar que lha enviava, pois tinha muitas saudades, se ele bebe-se a água do frasco poderia respirar debaixo de água e ir ter com ela. E ele bebeu. A gaivota disse-lhe ainda que um golfinho o esperava para o levar. Agarrou-se ao golfinho e foi pelo mar fora. Nadaram muitos dias e muitas noites, e chegaram a uma ilha rodeada de corais, o golfinho levou-o até uma gruta e disse que a menina estava lá dentro.
O rapaz entrou e encontrou a menina e os seus amigos a brincar. Abraçaram-se, riram, e dançaram estavam muito contentes.



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