TOPOGRAFIA TESTAMENTAL – LITANIA DE VIDA IN MANUEL BANDEIRA RODRIGUES, Edmilson Moreira Universidade Federal do Maranhão. Programa de Políticas Públicas
[email protected] RESUMO Este é um itinerário poético, pelo "encanto" desencanto de Manuel Bandeira, tendo como eixo fulcral a poesia TESTAMENTO. Donde acreditamos seguir um roteiro desde a categoria testamento, na acepção da sociologia, no direito, e nas letras; cosendo o texto com o caráter da morte na filosofia e como rito de passagem, por terras, gentes, objetos, que fazem de Bandeira um poeta essencialmente lírico e nos fale frequentemente a partir de uma perspectiva íntima da interioridade do ser. Pois, seguindo o percurso, do poeta – ao dar ao seu leitor, um testamento, numa contradição da posse – o que não tem e deseja é o que melhor o enriquece; enriquece-nos, dizemos, enquanto leitores, posto que tomamos alegria de vida na poesia que dialoga com o amor, a morte, a infância e as viagens, nos alumbrando como numa última canção por Pasárgadas imaginárias; fazendo-nos insatisfeitos ao buscar os sentidos do texto num Desencanto de que O último poema de Bandeira "fosse terno dizendo as coisas mais/ simples e menos intencionais", e que nesse itinerário "enquanto anoitece, (Vamos)/Lendo sossegados e só/ as antíteses de humildade, paixão e morte nas poesias do bardo, numa trajetória de que "Meu verso é sangue. Volúpia ardente... Tristeza esparsa... remorso vão...". Palavras-chave: Bandeira, literatura, itinerário-poético, testamento.
