Filme - O Amor é Um Lugar Estranho
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Bob Harris, uma estrela de cinema norte-americana viaja para Tóquio paragravar um anuncio. No hotel onde fica instalado, está também Charlotte, umajovem rapariga que acompanha o seu marido fotógrafo. Juntos vão partilhar umestado de inadaptação ao local e às pessoas que os rodeiam.Bill Murray está absolutamente perfeito no seu papel, e Scarlett Johansonacompanha-o sem dificuldades, compondo assim uma dupla deliciosa. Aspersonagens estão muito bem delineadas, conseguindo o espectador perceberexactamente o que sentem. O argumento é muito simples, mas muitodesconcertante, girando em torno do velho medo humano de nos sentirmos sósno meio da multidão. A realização tem um estilo muito particular, sendo quea história é mais contada por imagens do que por palavras. Nunca o silênciofalou tanto como neste filme, cada plano tem um significado. Sofia Coppolaconsegue mostrar as diferenças culturais, mas sem nunca rebaixar ou fazerjuízos de valor sobre a cultura nipónica, conseguindo momentosverdadeiramente divertidos. Consegue mostrar também o fascinante contrastede um Japão altamente desenvolvido com um Japão que preserva, quaseimaculadamente, as raízes de uma cultura milenar. O final está perfeito, nempoderia ser outro. Não me parece que a relação das duas personagens (que nãochegamos a perceber até que ponto é de amor ou amizade) devesse ir maisalém. A beleza do filme está aí, na forma como se apoiam mutuamente até queno final percebem a irrealidade do sentimento que os une.Nunca um título disse tanto sobre um filme como aqui. Lost in Translation émesmo a frase-chave da história. Simples, bonito, divertido, brilhante...
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