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Filme - Titanic (1ª parte)
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O RMS (Royal Mail Streamer) Titanic (um portento de 46 mil toneladas!!!) foi, desde o início, um navio muito publicitado. Declarado inafundável, era - à data de construção - o mais luxuoso de todos os navios de passageiros, vinha preparado com duas dezenas de botes salva-vidas, o que por si só já ultrapassava a quantidade mínima legal, apesar de se ter verificado que seria necessário uma maior da quantidade de barcos do que aqueles que estavam disponíveis (mas se era inafundável, 20 já seriam suficientes, pensou alguma mente brilhante). Utilizava ainda o sistema sem fios Marconi, uma nova forma de comunicação para a época (a sigla SOS [Save Our Souls] foi primeiramente usada nesta ocasião). A qualidade dos aposentos também excedia a dos outros paquetes (os passageiros da 3ª Classe do Titanic viajavam muito melhor que os passageiros de 2ª Classe noutros barcos); o Titanic tinha ainda um ginásio, campos de Ténis, uma piscina, uma sala escura para os fotógrafos e elevadores. Uma autêntica mansão flutuante. No filme, torna-se clara a dimensão gigantesca do Titanic e a sua sumptuosidade. Decoração cuidada e elaborada, um batalhão de empregados (camareiros, mecânicos, tripulantes, assistentes de bordo), um domínio de bom gosto - basta atentar nas cenas no restaurante ou nos aposentos das personagens abastadas do filme, Rose (Kate Winslet) e Cal Hockley (Billy Zane). James Cameron foi extremamente cuidadoso ao redigir o argumento do filme. A nossa narradora é uma senhora de 101 anos, sobrevivente do naufrágio. Ao ver um documentário televisivo reconhece-se num desenho de uma rapariga nua retirado dos destroços do Titanic. Aqui começa a história, pois ela é Rose DeWitt Bukater que, juntamente com Jack Dawson (Leonardo DiCaprio) formam o par romântico do filme. A velha senhora conta as suas recordações ao explorador que encontrou o desenho e aí começa em "flash-back" a história da trágica viagem. O par romântico e toda a base em que assenta é o arquétipo da novela amorosa oitocentista (embora muitas a confundam com a de um romance de cordel). Uma bela rapariga da alta sociedade, Rose, é forçada pela mãe a casar com um milionário que despreza, Cal Hockley, visto estarem na penúria. Rose não o suporta (até pq ele é abusivo para com ela) e resolve suicidar-se (colocando termo à sua existência vazia) saltando do navio. É nessa altura salva por Jack, um artista pobretanas que viaja em 3ª. Os amores proibidos que logo ali começam entre uma passageira da "high society" e um rapaz pelintra dão o tom ao filme e permitem-nos observar o micro-cosmos social que é o transatlântico. Espelho da sociedade altamente hierarquizada da época, com os seus jeitos e trejeitos, as suas injustiças e regras, deixa bem claro que «quem se lixa é sempre o mexilhão». O facto d''o Titanic ter levado mais de 2 horas a ir ao fundo permitiu ao argumentista expor todas as forças e fraquezas do ser humano. Não podemos deixar de pensar no que faríamos em semelhante situação, o que é algo de terrível. Se, por um lado, é angustiante presenciar o pânico de uns e a coragem de outros perante a insuficiência de barcos salva-vidas, por outro é desgostoso ver como a prioridade de salvamento não é simplesmente a das mulheres e crianças, mas a dos passageiros com bilhete de 1ª classe sobre os de 3ª, estes últimos convenientemente mantidos fechados abaixo do convés enqto os primeiros eram acomodados nos botes. É uma situação que mostra a hipocrisia do tão falado cavalheirismo de uma época. Os passageiros pobres mesmo assim ainda tiveram algumas hipóteses de salvamento se tivermos em conta os membros da tripulação. O pessoal que ficou até ao fim na sala do gerador e na sala das máquinas, com o fim de manter a iluminação suficiente para se poder fazer a evacuação do paquete, sabia que a sua probabilidade de salvamento era mínima, mas mesmo assim não entrou em pânico (das cerca de 1500 pessoas que morreram, 600 a 700 am membros da tripulação). Ora, a bordo, seguia uma tripulação de 892 pessoas e 1316 passageiros. O comandante do navio, Edward John Smith, era o mais experiente dos comandantes da White Star Line, a empresa que possuía o navio. Esta era a última viagem do comandante, após a qual se tencionava reformar. No filme, é excelentemente interpretado por Bernard Hill (o rei Théoden no Senhor dos Anéis), já que muitos passageiros declararam que o capitão esteve apático e incrédulo (vi num documentário que envergonhado por ter ignorado 6 mensagens de aviso de "iceberg" na região reportados por outros navios, que ignorou alegando que «o navio era grande demais para ser afundado por um iceberg») quando o titã se começou a afundar. Acabou por recolher à sua cabina, aí ficando até o final chegar (e como ele muitos, lamentavelmente). Evitando todas as armadilhas e o lado mais espalhafatoso que este tipo de filmes costuma exibir, Cameron misturou eficazmente realidade e ficção, momentos de intimidade e grande espectáculo num filme que vale a pena ver. O amor proibido entre os protagonistas é demasiado explorado, o que minimiza os inúmeros dramas que se viveram a bordo e muito do pânico e desespero vivido (famílias separadas, a tripulação sacrificada, a crueldade, o instinto de sobrevivência).



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