Espelhamento 
(Edu Funicelli)
  
De que plagas não se sabendo, chegou de forma afoita e aflita... olhos em chamas; A uma das mãos uma sacola de lona, dessas de uso exclusivo de militares. Ao largo do costumeiro, nem aí, surpreendeu ao desnudar-se límpida e completamente. - Oh! Aberta a sacola, desta vi retirando pequenos cacos de espelhos que foi grudando ao corpo suado... nenhum dos vidros na genitália. Ironia! Colocou suas roupas na sacola e nos estampou riso sardônico. Em estado de encantamento e perplexidade, contemplava-se aquela cena que fortemente remetia a Lacan. Foi quando de sopetão deu um salto e esmurrou o ar como Pelé em seus momentos de glória... todos os pequenos espelhos tilintando na calçada. - Ah, mas ora veja! Sem me movimentar os pés, acompanhei com olhar parvo o corpo se encaminhando para a escadaria e me dei conta de que as nádegas realmente não lhe eram ponto forte. ... até que desapareceu do nosso alcance visual e eu retornei ao meu sentido de presença, botei na boca um "toffee" e fui cuidar da vida. Passando por mim, uma pessoa de meia idade comentou: " - Vimos aquilo?" A sacola, apenas lamento não ter ficado com ela... pois que me seria de boa utilidade em acampamentos. 
 
  
 
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