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PRODUÇÃO DE MUDAS DE COPAÍBA, Copaifera langsdorffi Dest.
(Pinheiro L. A. F. V.)

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Conhecida popularmente como pau-óleo, oleiro, copaúba entre outros, a copaíba é uma árvore de grande plasticidade ecológica sendo encontrada em diversas regiões fitoecológicas, seu porte pode variar de arbustivo (1,2m) em campos rupestres à 35 metros de altura na floresta fluvial onde chega a alcançar os 100 cm de dap.

Espécie perenifólia à semicaducifólia, semi-heliófita é classificada como secundária tardia e clímax, longeva. É utilizada na recomposição de áreas degradadas e na arborização urbana. Corre perigo de extinção, sendo sua conservação genética feita por populações bases “ex situ”em São Paulo.

Sua madeira é moderadamente pesada, lustrosa e lisa ao tato, medianamente resistente e pode empenar durante a secagem, se presta a diversos usos como para confecção de móveis assoalhos e lambris. O óleo de copaiba, bálsamo transparente é extraído da árvore a partir de furos que atingem o cerne fazendo com que o óleo escorra pelos canais oleíferos.

De Outubro a abril ( no Estado de São Paulo) é recoberta flores zigomórficas apétalas branca-amareladas e creme-rosadas que são polinizadas principalmente (mas não exclusivamente) por abelhas. O fruto é uma vagem seca ovóide deiscente de coloração marrom-clara contendo uma semente preta de aproximadamente 1 cm recoberta por um arilo alaranjado. Amadurece entre agosto e outubro onde as sementes são dispersas zoocóricamente ou hidrocóricamente . Seu florescimento e frutificação se inicia gradativamente aos 5 anos de idade, não sendo anual.

Os frutos podem ser coletados ainda verdes, amadurencendo durante o armazenamento. A extração das sementes é feita manualmente quando as sementes ainda estão marrons. Deve-se retirar o arilo e secar a semente. As sementes de copaiba são tratadas com fungicida de insecticida na Seção de Sementes do IPEF. As sementes (ortodoxas) podem ser armazenadas em câmara seca permanecendo viáveis até 4 anos.

As semente podem apresentar dormência ocasional, causada pela deposição de cumarina no tegumento. Existe então a necessidade de um tratamento pré-germinativo. Este tratamento pode ser feito com ácido sulfúrico por 15 minutos, estratificação em areia úmida por 15 dias, imersão em éter por 20 minutos ou água fria por 72 horas. Para uma boa taxa de germinação deve-se submeter as sementes à uma lavagem por 24 horas, prática utilizada pelo viveiro do Departamento de Ciências Florestais. No entanto vários autores indicam o plantio direto sem nenhum tratamento (LORENZI, 1992).

A produção de mudas é feita em sacos plásticos ou tubetes, onde são semeadas superficialmente 2 sementes por recipiente. A germinação ocorre de 6 a 60 dias após a semeadura, ficando no viveiro por pelo menos 9 meses. As taxas de germinação são de 12% a 59% em sementes não tratadas e de 60% a 96% para sementes tratadas

Foram semeadas 10 sementes em 10 recipientes distintos superficialmente, sem nenhum tratamento pré-germinativo. Foram observados algumas injurias e pequenos furos em algumas das sementes cedidas pela Seção de Sementes do IPEF.

A inexecução do tratamento pré-germinativo retardou a germinação que ocorre normalmente nas duas semanas subseqüentes a semeadura ( informação do técnico Amarildo do Viveiro, comunicação pessoal).

As sementes danificadas (60%) apodreceram rapidamente rachando em função da pressão de embebição da semente. Em algumas foram observados traços de ação fúngica.

Apenas 20% das sementes germinou, mas apesar da baixa taxa de germinação esta ficou na faixa apresentada pela literatura consultada (CARVALHO, 1994).

O restante das sementes se apresentavam intactas na ultima observação realizada 80 dias após o plantio, esta dormência pode ser decorrente do acúmulo de cumarina no tegumento.


CARVALHO, P.E.R.. Espécies Florestais Brasileiras: recomendações silviculturais, potencialidades e uso da madeira. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de Pesquisas Florestais. Colombo: EMBRAPA - CNPF, Brasília, 1994. p. 187 - 190.

LORENZI, H.. Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do brasil. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum, 1992. p. 152.



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