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O uso do eucalipto na industria moveleira
(Pinheiro; L. A. V.)

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O uso de madeira de eucalipto na indústria moveleira ocorreu no início da década de 90, para a fabricação de estrutura interna de estofados. Observou-se, na época, que a madeira de eucalipto apresentava boas características de resistência mecânica (madeira de média densidade), e resistência ao arrancamento de grampos (Viana & Sant’ana, 1999). A cor da madeira, em tons rosados, proporciona ótima aparência estética quando aplicado produtos de acabamentos transparentes.
O sucesso do eucalipto como material de serraria pode ser alcançado principiando-se pela utilização de árvores de espécies adequadas, de idade conveniente, cujas toras devem ser desdobradas de acordo com métodos que levem em conta as características de sua madeira (Galvão, 1976).

A madeira seca é uma condição fundamental ao processo, uma vez que a madeira úmida não possibilita aplicação de acabamentos, compromete a segurança, estabilidade e qualidade do móvel e desgasta mais rápido as ferramentas (Viana & Sant’ana, 1999). A secagem apropriada para a região de uso e detalhes de manufatura e acabamento completam as medidas capazes de assegurar êxito da utilização da madeira do eucalipto para os mais variados fins (Galvão, 1976).

A operação de secagem é de fundamental importância, como já foi dito, para o produto final pois vai aferir estabilidade dimensional a madeira e vai permitir condições de trabalhabilidade nas operações subsequentes de beneficiamento e colagem, além da secagem oportunizar a manifestação de alguns defeitos das madeiras (Revista da Madeira, V.6(37); 1998). Além da secagem, a usinagem e as técnicas de acabamentos de superfície são importantes elementos a se conhecer na indústria de móveis, principalmente nas indústrias de móveis de madeira maciça (Viana & Sant’ana, 1999).

As experiências com eucalipto demonstraram a necessidade de se desenvolver condições de processo específicas a esta madeira, para obtenção de produtos com qualidade e viabilidade econômica, isto é , com baixo índice de perdas (Viana & Sant’ana, 1999). O desdobro de árvores de maiores idades é importante para o êxito da utilização do eucalipto. Na austrália, é pratica adotada não utilizar árvores de menos de 25 anos. No Brasil, recomenda-se a utilização de árvores de pelo menos 30 anos (Galvão, 1976).

O eucalipto com tensões de crescimento, apresenta problemas de desdobro e secagem resultando em baixo rendimento. O aparecimento desse tipo de defeito é conseqüência da utilização de árvores novas. Em face desse quadro, o enfoque das investigações que têm sido conduzidas, é no sentido de investir em pesquisas de produtos estruturais reconstituídos, gerando produtos como: painéis de lâminas paralelas, chapas de partículas orientadas (OSB), vigas laminadas e compensados.
O desdobro apropriado é fator importante para o sucesso da utilização do eucalipto. No desdobro das toras, deve-se procurar obter a maior quantidade possível de madeira radial, que tem menor possibilidade de apresentar defeitos de secagem, por se movimentar menos. Entretanto, é uma prática que tem sido sistematicamente ignorada. Alega-se que os métodos de desdobro para a obtenção da madeira radial são mais caros e com menor produção e rendimento de madeira serrada em relação ao método de cortes paralelos ou toro desfiado (Garcia, 1988).

O menor rendimento e produção são largamente compensados por uma redução de defeitos das peças obtidas e seu melhor comportamento em uso. Entre outras a peça radial apresenta as seguintes vantagens sobre a tangencial: menor instabilidade na largura, menores possibilidades de aparecimento de defeitos na secagem e menor recondicionamento, caso ocorra colapso (Jancowsky & Galvão, 1985).

As informações disponíveis a respeito das espécies mais indicadas para serraria são, mais o resultado de observações pessoais do que de pesquisa sistematicamente conduzidas. As espécies mais indicadas para a serraria são: Eucalyptus citriodora e E. grandis. Estas espécies proporcionam boas possibilidades como madeira de desdobro, sendo empregadas na Austrália com sucesso.

Estudos sobre as possibilidades de utilização múltiplas das espécies mencionadas e outras julgadas convenientes, poderiam abrir melhores perspectivas para o eucalipto. Essas pesquisas devem contar com especialistas em manejo, que indicariam as técnicas adequadas para a obtenção da matéria-prima desejada, e com melhoristas, que procurariam obter plantas plantas capazes de atender as finalidades visadas, além do tecnologista, que estudaria as possibilidades tecnológicas das madeiras produzidas (Matos, 1996).
Galvão, A.P.M. Utilização do eucalipto. Revista da Madeira V.25(296), Agosto
1976, p. 28-32.

Garcia,J.N. Processamento mecânico do Pinus e Eucalyptus. Piracicaba:
ESALQ/DCF,1988.20p.

Jankowsky,I.P.; Galvão,A.P.M. Secagem Racional da Madeira. São Paulo - SP:
Nobel,1985,108p.

Matos,J.L.M. O futuro no uso de Eucalipto e Pinus. Revista da Madeira ,V.
5(27), 1996, p. 10-12.

Neves, M.R. Tendências dos mercados domésticos e internacional para produtos de base florestal. Revista da madeira, V.6 (37) 1998, p. 12- 16.



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