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Ideário, Tolerância e Preconceito
(Carlos Andrada)

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IDEÁRIO, TOLERÂNCIA E PRECONCEITO Carlos Andrada Um ideal, uma filosofia de conduta, um código moral, um dogma religioso, têm cada um o seu valor para quem os pratica, respeita ou aceita e convive entre seus defensores. Não se deveria propagar o objetivo de combater essas manifestações, mas sim cultivar a resistência, neutralização e extinção de crimes, desde o mais básico e subjetivo, no caso de uma ofensa ou calúnia, até o mais geral e hediondo, como a corrupção, o racismo e o genocídio. As pessoas são diferentes, os grupos humanos, comunidades e sociedades possuem opiniões diversas, hábitos variados, costumes distintos, comportamentos singulares, atitudes peculiares, feições e aspectos pitorescos. Ninguém pode nem deve ser julgado, condenado, rotulado, punido e muito menos amaldiçoado por isso. Todos merecem respeito e consideração por serem exatamente aquilo que são, cada um com seus defeitos e virtudes próprias. A aparência e o uso de drogas, lícitas ou ilícitas, são bons exemplos de geração de preconceitos estúpidos que podem destruir reputações, relações de amor ou amizade e até mesmo vidas. Assim sendo, é insuportável para alguém se sentir odiado, desprezado, boicotado e brutalizado pelo simples motivo de existir. Quando a pessoa está sendo ofendida e agredida pelo que ela é, como também por preferir uma cor, um time de futebol, uma banda de música, um artista, configura-se um quadro de violência gratuita, no qual a força do autoritarismo, o poder das armas e fardas militares e o egocentrismo de poucos privilegiados socialmente se misturam, se somam e se impõem. Isto já causou um sofrimento sem sentido e uma dor desnecessária a um número incalculável de seres humanos; trata-se de algo que jamais deve ser esquecido, mas principalmente não pode nunca mais acontecer. A repetição desses atos seria o maior retrocesso da humanidade, enterrando o respeito entre iguais, apagando as conquistas dos direitos humanos, derrubando por terra a noção de civilidade, de entendimento, de princípio ético. Numa sociedade global, em que o caráter e a consideração pelos semelhantes tornam-se qualidades imprescindíveis para qualquer um, o senso democrático e a liberdade precisam ser garantidos sob todos os aspectos e acima de condições prévias. As terríveis heranças de colonização, escravidão, genocídios e holocaustos devem ser mostradas, para que se conheça a verdade histórica e, justamente ao revelarem-se esses fatos, chegue-se à conclusão de que eles jamais se repetirão e não serão esquecidos. A barbárie já existiu, em muitos períodos, com freqüência, contudo só depende da maioria da humanidade para que ela vá se extinguindo até cessar e findar completamente. As divisões territoriais, culturais, religiosas e ideológicas permanecem, expandem-se, definem-se, porém a convivência pacífica é perfeitamente possível; ao invés do ódio irracional e imbecil, que cria barreiras, constrói guerras, forma conflitos e desavenças invejosas, provoca rixas intermináveis, destruindo a esperança da paz entre todos. A raiva produzida por incompreensões, sejam elas de qualquer origem e natureza, causa efeitos devastadores, tem conseqüências psicológicas incrivelmente negativas, traz sofrimentos de todo tipo, às vezes impossíveis de cicatrizar. O resultado inexorável está numa dor infernal, que se torna um lamento lúgubre, melancólico, desespero indescritível. Ninguém deseja isso, nem mesmo o mais louco masoquista. Fica muitas vezes uma sombra no ar, em volta das opiniões e do comportamento alheio, de que as práticas dos outros — claro, os demais seres humanos que não nós — exalam uma essência triste, passam uma sensação de sujeira criminosa, imundície pecadora. Entretanto, quem tem poder para acusar, qual aquele possuidor de autoridade suprema para condenar os que na verdade são iguais a ele em aspecto material? E não se pode ainda apagar o fato de que todos os membros da raça humana são detentores das mesmas potencialidades!



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