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Transferências no futebol português
(El Patron)

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As transferências precipitadas são um problema do futebol português devido à situação financeira dos clubes portugueses comparados com outros colossos europeus. Falando em casos concretos temos o exemplo do Sporting que há coisa de uns anos deixou sair as suas principais jovens pérolas como Cristiano Ronaldo, Quaresma e Simão. A perda a nível desportivo foi grande, assim como, a perda a nível financeiro porque bastava segurar estes jovens mais um/dois anos e o lucro com as suas transferências era maior ainda. É que não sei como alguém ainda não percebeu que a academia do Sporting é uma das melhores fábricas de talentos do mundo...Quando se trata de jovens promessas é fundamental vender no momento certo porque estes valorizam muito depressa em poucos anos. Para o atleta também pode ser prejudicial imigrar muito cedo, o ideal mesmo é imigrar quando este está preparado para tal, ou seja, quando o jogador atinge uma maturidade elevada e ganha automatismos. Vejamos o caso de Quaresma que foi para o Barcelona muito cedo e não se adaptou ao ritmo elevado e às exigências do campeonato espanhol. Também com Simão aconteceu o mesmo e pode-se dizer que ambos não estavam ainda no nível ideal para permanecerem na equipa e que também é possível que não tenham evoluído o máximo. Isto porque um jogador evolui é com jogos nas pernas e não no banco a ver jogar, assim o único aspecto benéfico de evolução para estes dois jogadores é o facto de a cultura futebolística espanhola ter incutido alguns valores neles e também o facto de lidar com uma maior pressão por parte de tudo (imprensa, treinador, língua,...). Já Cristiano Ronaldo adaptou-se melhor porque é um jogador com características, que ajudam essa mesma adaptação como o forte poder físico e o jogo aéreo. Este até podia estar ligeiramente melhor que Quaresma e Simão mas o facto de ir para um clube em que tenha pessoas que acreditem nele e que trabalhem melhor com jovens ajudou imenso o jogador.



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