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O PAÍS DAS UVAS
(FIALHO DE ALMEIDA)

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IntroduçãoJosé Valentim Fialho de Almeida nasceu em Vila de Frades (Baixo Alentejo) em 1857, filho dum mestre – escola pobre; a infância difícil no Alentejo marcou decisivamente a forma como escreveu. Como outros escritores, Fialho de Almeida formou – se em Medicina, embora nunca tenha exercido. Nos últimos anos da sua vida, foi abastado lavrador mercê dum casamento, que pouco tempo durou. Aliás, o seu pai tinha sido pequeno proprietário, pelo que a actividade agrícola não lhe era estranha.O LivroNeste livro de contos, sente – se uma atmosfera angustiada e fatalista quando descreve os ambientes e personagens do mundo rural e urbano. Aliás, o ambiente urbano não se distingue muito do rural, é a pequena cidade provinciana de mentalidade fechada que está em cena. Os deserdados, os amores sem esperança, os cenários um pouco soturnos, marcam este livro. Fialho pretendia fazer a descrição do Portugal de fins do século XIX. Aparecem personagens como os “ratinhos” (trabalhadores sazonais vindos das Beiras para o Alentejo), os pequenos proprietários, os ganhões, as ceifeiras – típicas do Alentejo; aparece também, embora de forma fugaz, o “brasileiro”, retornado do Brasil, muito presente nos romances de Camilo Castelo Branco. Nos primeiros contos, descrevem – se de forma viva os campos alentejanos nas quatro estações; os verdes, as flores, os regatos, os animais, o calor, estão presentes nos contos “Pelos Campos”, “Ao Sol”, “As Vindimas”; são descrições luminosas, onde perpassam os deuses da mitologia grega. Estas são as excepções relativamente aos comentários iniciais. As histórias dos deserdados, passam – se sobretudo no Inverno, misturando a atmosfera escura, chuvosa e fria do Inverno com a desesperação dos personagens (“Os Pobres”, “O Filho”, “Conto de Natal”, “A Velha”). Outros transportam – nos a ambientes surrealistas (“A Taça do Rei de Tule”, “A Princezinha das Rosas”), fantásticos (“Conto do Almocreve e do Diabo”), mórbidos (“O Cancro”, “O Corvo”, “Três Cadáveres”). Com uma atmosfera algo jocosa, encontram – se: “Divorciada”, “O Anão”, “Tragédia na Árvore”, “O Antiquário”, “O Menino Jesus do Paraíso”. Em quase todos, há uma história de amor geralmente sem esperança (“Amores de Sevilhano”, “Idílio Triste”), misturando pinceladas naturalistas com ambientes ultra românticos.



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