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Platao
(Anonimo)

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Em linhas gerais, Platão desenvolveu a noção de que o homem está em
contato permanente com dois tipos de realidade: a inteligível e a
sensível. A primeira, é a realidade, mais concreta, permanente,
imutável, igual a si mesma. A segunda são todas as coisas que nos
afetam os sentidos, são realidades dependentes, mutáveis e são imagens
das realidades inteligíveis.
Tal concepção de Platão também é conhecida por Teoria das Idéias ou
Teoria das Formas. Foi desenvolvida como hipótese no diálogo Fédon e
constitui uma maneira de garantir a possibilidade do conhecimento e
fornecer uma inteligibilidade relativa aos fenômenos.
Para Platão, o mundo concreto percebido pelos sentidos é uma pálida reprodução do mundo das Idéias. Cada objeto concreto que existe participa, junto com todos os outros objetos de sua categoria, de uma Idéia perfeita. Uma determinada caneta, por exemplo, terá determinados atributos (cor,
formato, tamanho, etc). Outra caneta terá outros atributos, sendo ela
também uma caneta, tanto quanto a outra. Aquilo que faz com que as duas
sejam canetas é, para Platão, a Idéia de Caneta, perfeita, que esgota
todas as possibilidades de ser caneta.
A ontologia
de Platão diz, então, que algo é na medida em que participa da Idéia
desse objeto. No caso da caneta é irrelevante, mas o foco de Platão são
coisas como o ser humano, o bem ou a justiça, por exemplo.
O problema que Platão propõe-se a resolver é a tensão entre Heráclito e Parmênides:
para o primeiro, o ser é a mudança, tudo está em constante movimento e
é uma ilusão a estaticidade, ou a permanência de qualquer coisa; para o
segundo, o movimento é que é uma ilusão, pois algo que é não pode
deixar de ser e algo que não é não pode ser, assim, não há mudança.
Ou seja (por exemplo), o que faz com que determinada árvore
seja ela mesma desde o estágio de semente até morrer, e o que faz com
que ela seja tão árvore quanto outra de outra espécie, com
características tão diferentes? Há aqui uma mudança, tanto da árvore em
relação a si mesma (com o passar do tempo ela cresce) quanto da árvore
em relação a outra. Para Heráclito, a árvore está sempre mudando e
nunca é a mesma, e para Parmênides, ela nunca muda, é sempre a mesma e
é uma ilusão sua mudança.
Platão resolve esse problema com sua Teoria das Idéias. O que há de
permanente em um objeto é a Idéia, mais precisamente, a participação
desse objeto na sua Idéia correspondente. E a mudança ocorre porque
esse objeto não é uma Idéia, mas uma incompleta representação da Idéia
desse objeto. No exemplo da árvore, o que faz com que ela seja ela
mesma e seja uma árvore (e não outra coisa), a despeito de sua
diferença daquilo que era quando mais jovem e de outras árvores de
outras espécies (e mesmo das árvores da mesma espécie) é sua
participação na Idéia de Árvore; e sua mudança deve-se ao fato de ser
uma pálida representação da Idéia de Árvore.
Platão também elaborou uma teoria gnosiológica, ou seja, uma teoria que explica como se pode conhecer as coisas, ou ainda, uma teoria do conhecimento.
Segundo ele, ao vermos um objeto repetidas vezes, uma pessoa lembra-se,
aos poucos, da Idéia daquele objeto, que viu no mundo das Idéias. Para
explicar como se dá isso, Platão recorre a um mito (ou uma metáfora) que diz que, antes de nascer, a alma de cada pessoa vivia em uma Estrela,
onde localizam-se as Idéias. Quando uma pessoa nasce, sua alma é
"jogada" para a Terra, e o impacto que ocorre faz com que esqueça o que
viu na Estrela. Mas ao ver um objeto aparecer de diferentes formas
(como as diferentes árvores que se pode ver), a alma recorda-se da
Idéia daquele objeto que foi vista na Estrela. Tal recordação, em
Platão, chama-se anamnesis.

[editar] A reminiscência
Uma das condições para a indagação ou investigação acerca das Idéias
é que não estamos em estado de completa ignorância sobre elas. Do
contrário, não teríamos nem desejo nem poder de procurá-las. Em vista
disso, é uma condição necessária (para tal investigação) que tenhamos
em nossa alma alguma espécie de conhecimento ou lembrança de nosso
contato com as Idéias (contato esse ocorrido antes do nosso próprio
nascimento) e nos recordamos das Idéias por vê-las reproduzidas
palidamente nas coisas. Deste modo, toda a ciência platônica é uma
reminiscência. A investigação das Idéias supõe que as almas
preexistiram em uma região divina onde contemplavam as Idéias. Podemos
tomar como exemplo o Mito da Parelha Alada, localizado no diálogo
Fedro, de Platão. Neste diálogo, Platão compara a raça humana a carros
alados. Tudo o que fazemos de bom, dá forças às nossas asas. Tudo o que
fazemos de errado, tira força das nossas asas. Ao longo do tempo
fizemos tantas coisas erradas que nossas asas perderam as forças e, sem
elas para nos sustentarmos, caímos no Mundo Sensível, onde vivemos até
hoje. A partir deste momento, fomos condenados a vermos apenas as
sombras do Mundo das Idéias.

[editar] Conhecimento
Platão não buscava as verdadeiras essências da forma física como buscavam Demócrito e seus seguidores, sob influência de Sócrates
buscava a verdade essencial das coisas. Platão não poderia buscar a
essência do conhecimento nas coisas, pois estas são corruptíveis, ou
seja, variam, mudam, surgem e se vão. Como o filósofo
deveria buscar a verdade plena, deveria buscá-la em algo estável, as
verdadeiras causas, pois logicamente a verdade não pode variar, se há
uma verdade essencial para os homens esta verdade deve valer para todas
as pessoas. Logo, a verdade deve ser buscada em algo superior. Nas
coisas devem ter um outro fundamento, que seja além do físico (metafísico),
a forma de buscar estas realidades vem do conhecimento, não das coisas,
mas do além das coisas. Esta busca racional é contemplativa, isto
significa buscar a verdade no interior do próprio homem. Porém o
próprio homem não é meramente sujeito particular, mas como um
participante das verdades essenciais do ser.
Platão assim como seu mestre Sócrates
busca descobrir as verdades essenciais das coisas. O conhecimento era
assim o conhecimento do próprio homem, mas sempre ressaltando o homem
não enquanto corpo, mas enquanto alma. O conhecimento que continha na
alma era a essência daquilo que existia no mundo sensível, assim em
Platão também a técnica e o mundo sensível eram secundários. A alma
humana enquanto perfeita participa do mundo perfeito das idéias, porém
este formalismo só é reconhecível na experiência sensível.
Também o conhecimento tinha fins morais, isto é, levar o homem à
bondade e à felicidade. Assim a forma de conhecimento era um
reconhecimento, que faria o homem dar-se conta das verdades que sempre
já possuía e que o levavam a discernir melhor dentre as aparências de
verdades e as verdades. A obtenção do autoconhecimento era um caminho
árduo e metódico.
Referente ao mundo material o homem pode ter somente a doxa (opinião) e téchne
(técnica), que permitia a sobrevivência do homem, ao passo que
referente ao mundo das idéias, ou verdadeiro conhecimento filosófico, o
homem pode ter a épisthéme (verdadeiro conhecimento).
Platão não defendia que todas as pessoas tivessem iguais acessos à
razão. Apesar de todos terem a alma perfeita, nem todos chegavam à
contemplação absoluta do mundo das idéias.

[editar] Política
"... os males não cessarão para os humanos antes que a raça dos
puros e autênticos filósofos chegue ao poder, ou antes, que os chefes
das cidades, por uma divina graça, ponham-se a filosofar
verdadeiramente". (Platão).
Esta afirmação de Platão deve ser compreendida baseado na teoria do
conhecimento, e lembrando que o conhecimento para Platão tem fins
morais. Mas cumpre ressaltar outro aspecto: Platão acreditava que
existiam três espécies de virtudes baseadas na alma.
A primeira virtude era a da sabedoria, deveria ser a cabeça do Estado, ou seja, a governante, pois possui caráter de ouro e utiliza a razão.
A segunda espécie de virtude é a



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