Encontros no meu jardim
(Galinaceo)
Sou aquele que é igual a ti mas diferente do que sentes ser. Acabo a minha pesquisa e encontro um porto de abrigo nesta infinidade imensa do ciberespaço. Algo me surge e acato a sugestão de participar neste espaço aberto a devaneios e afins onde tudo acaba por encontrar o seu espaço e soltar no ar liberto a voz dos que não tem voz. Dou-lhe um titulo. Uma identificação que vem de mim e me liga ao que escrevo.Sinto a ligeireza das forças com que ecrevo dominarem-me o pensamento e solto cá para fora as rosas e os espinhos, as dalias e as ervas daninhas, o mal e a cura de mãos dadas enchem-me o peito. Sufoco de encontro às minhas limitações e preencho o vazio que fica quando olho para trás e vejo o que não vi, emendo e traço as linhas que me fizeram cruzar os caminhos que então percorri sozinho de mão dada uma com a outra. Viver é recordar que se está vivo!Quando amanhece o dia, tarde se faz em mim no ocaso que virá buscar-me devagarinho e em silêncio. Estarei brincando no meu jardim, entretido sozinho ou acompanhado, despercebidamente pronto para o acompanhar na viagem que me leva a outro lado. A dimensão que me vai esperar tem uma porta aberta por onde irei entrar, lá dentro há mesa, cadeira, conforto e resposta. Tudo será agora entendido. Haverá certeza inata e jamais duvida alguma pairará eternamente sem resposta, pois nessa dimensão não há mais nada por desvendar, jamais haverá questões por responder ou certezas por confirmar. Tudo é simples como entendos agora ser a simplicidade mundana no conceito que lhe atribuimos. A simplicidade é o absoluto. O supremo. Não haverão mais tempos alguns, tudo será apenas um só tempo.O tempo parado!!Durmo agora olhando o jardim e sorrindo...
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