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O CÉU DOS ESCRITORES
(ERISVALDO VIEIRA)

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Paulo Honório, de São Bernardo, estava zangado no céu, apesar de não ser muito permitido isso por lá. Estava zangado com Graciliano Ramos que dera a ele uma vida tão difícil, uma vida tão sofrida, um destino infame, apesar de ter enricado e casado com a nobre e doce Madalena. “Quem ele pensa que é para determinar o meu destino? – conversava com São Pedro andando de lado para outro, nervoso - antes de determinar quem eu seria no livro, ele deveria ter me consultado para saber se eu queria ser aquele personagem ranzinza, capitalista, amante do dinheiro e que gostava de explorar as pessoas humildes. Antes dele determinar que eu deveria esfaquear um e matar outro, deveria perguntar se eu queria ter feito essas coisas, ora! Até o nome que ele me deu, São Pedro, ele não me consultou para ver se eu queria...” - Qual era mesmo o seu nome lá na terra? – pergunta São Pedro. - Paulo Honório. - É um nome até interessante, lembra dinheiro, lembra honorário, e honorário lembra dinheiro, por que você não gostava dele, dinheiro, quer dizer, honorário, não, meu Deus! Que confusão!? - Ora, São Pedro, Honório fala de honorário e honorário fala de dinheiro e dinheiro era a razão da minha vida lá na terra. Pelo dinheiro eu matava e morria. Tudo culpa de Graciliano Ramos, aquele velhaco. Deixa estar! Um dia ele vem parar aqui, se é que vem! Quando isso acontecer ele vai ter que me explicar direitinho o porquê de ter me personalizado dessa triste forma naquele bendito livro chamado São Bernardo.



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