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Ética
(Aristóteles; Pedro de La Rocque)

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Síntese dissertativa da “Ética” de Aristóteles



Previamente
a Aristóteles, o pensamento de Parmênides e de seu discípulo Zenão defendia a
impossibilidade do movimento e da mudança em geral. Assim, os eleatas
condenaram sua ciência à inércia estéril da proposição “o Ser é, o não-ser não
é”, sem que nada mais pudessem formular a respeito.

Favorável
à ideia de movimento, Aristóteles apresentou um modelo no qual todo ser é
potência para tudo que pode vir a tornar-se e ato daquilo que, outrora, fora
potência. Assim, superou a estagnação do modelo eleata, uma vez que gerou um
intermediário, nominalmente a potência, entre o ser e o não-ser. Dessa maneira,
a realidade passa a ser lida como uma constante atualização de potências.

Todo
ser, enquanto potência, tende para seu ato. Por conseguinte, a cada homem cabe
fazer ato de sua potência em uma das seguintes três áreas: a vida por prazer, a
vida política e a vida contemplativa.

Aristóteles
embasa-se, então, no fato de que aquilo que todos os homens desejam é a
felicidade. Assim, fez-se necessário ponderar a respeito do que é, de fato, ser
feliz. Inicialmente, conclui que, ao contrário do que parece acreditar a
maioria das pessoas, equivoca-se aquele que busca felicidade na aparente
obviedade de prazeres imediatos, riqueza e honrarias. O homem feliz é aquele
que conquista o prazer sólido e duradouro da excelência ou virtude (esta última
é a tradução mais usual do termo grego areté).

De
acordo com a noção grega de virtude, toda função natural que se realiza
perfeitamente é uma areté. Levando-se
em consideração que a função que caracteriza o homem propriamente, dentre os
demais animais, é a razão, surge o único problema da ética: como proceder para
levar-se uma vida concordante com a razão?

A
meditação, inicialmente, emerge como uma forma perfeita da vida racional – é
através dela que o intelecto atinge a pura fruição de sí próprio. O sábio
estaria, então, o mais próximo possível de Deus por meio da virtude dianoética
que lhe permite orientar sua vida intelectual reflexiva e metódica.

Entretanto,
“o homem é um animal político” e a ele cabe viver em sociedade com seus
semelhantes. Dessa forma, cabe à razão guiar essa vida cotidiana, a fim de
conter as paixões e viabilizar bons hábitos. Seriam essas as virtudes éticas,
as quais consistem em evitar tanto o excesso quanto a falta. Como exemplo,
recorro aqui ao seguinte: a coragem é o ponto excelente eqüidistante da
covardia e da temeridade, assim como a temperança está para o deboche e a
insensibilidade.

Ademais,
vale notar que uma ação perfeita isolada não configura uma virtude, assim como
um gesto de generosidade não basta para que classifiquemos seu autor como
generoso. Portanto, a virtude ética é necessariamente aliada ao bom hábito.

O
sumo bem, segundo Aristóteles, é “aquilo que todos desejam” e não o que
deveriam desejar. Em outras palavras, não é definido como obediência a uma lei
imperativa, mas como a realização de uma natureza. Por ser a natureza humana
racional e política, somente na polis
pode o homem atuar na plenitude de sua essência. Conseqüentemente, o Estado tem
um fim ético, sendo ele a justiça e a virtude (que é felicidade) de seus
cidadãos.NOTA DO AUTOR: Àqueles
que se utilizarem deste meu trabalho ou que nele encontrarem base para
algum texto próprio, peço apenas que, por gentileza, incluam o link
para este artigo dentre os demais itens de vossas bibliogafias.
Agradeço francamente.



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