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A menina que sonhava demais
(Araujo; Sperandino ALEXSANDRO)

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A MENINA QUE SONHAVA DEMAIS

Maria, menina franzina, meiga, doce, singela e angelical, filha de imigrantes italianos que vieram tentar a sorte no Brasil, pensativa, ficava horas a fio a observar o movimento pela janela de sua humilde casinha em torno da rua de terra batida, homens magros de pernas tortas, narizes empinados que lembrava o velho louro, papagaio de capitão gancho. Magra, alta, esbelta, com cabelos amarelados e com a pele branca queimada pelo Sol, agora Maria era apenas a pequenina Maria, com seus tenros nove anos de idade, ao legado do imenso país continental chamado Brasil.De longe se escutava o chiado do rádio dizendo notícias ruins, mais um morria na favela com troca de tiros com a polícia, depois dizia que no nordeste brasileiro tinha muita criança passando fome e outras se prostituindo, enfim, Maria não compreendia o porque de um mundo tão complicado, difícil de se viver, ou pior de se desenvolver e crescer com felicidade.Maria queria que todos fossem felizes, mas parecia um sonho quase impossível, ficava a escuta das conversas dos adultos escondida entre as tramelas das portas de seu humilde quarto, seu quartinho que era o cantino do céu, o mesmo céu que a doce menina não cansava de olhar, de procurar a fada madrinha, ver as estrelas e a lua cheia clarear as noites abandonadas pelos homens que se refugiavam nas bebedeiras do bar, butequim que vivia cheio de gente de todo tipo, era cachaça, cigarro e petiscos a fins, Maria corria daquele lugar, pra ela bar era doce, doce como a vida que Maria sonhava. Mas a menina desabrochou como uma flor e quando saiu para passear mais um tiroteio e nesse dia Maria partiu, a bala perdida destruiu sua vida, agora o sonho de Maria se realizou, Maria brincava no céu junto com os anjos de Deus, agora Maria realmente achou seu destino pelas mãos covardes de seu algóz que ali mesmo na rua foi linchado pelos moradores. Viva Maria!



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