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Segredos da Voz: Parâmetros da Voz: Frequência
(Manuela de Sá)

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Cap. XII – PARÂMETROS A CONSIDERAR NA VOZ CANTADA: Frequência.
Os sons graves são os que têm mais riqueza harmónica, já que a fundamental é grave, possibilitando um enorme conjunto de parciais. Os sons muito agudos são mais pobres, pois a frequência da fundamental é elevada, factor que encurta a gama dos parciais que são sempre mais agudos do que fundamental.
Cada frequência encontra a sua posição na laringe através da contracção de músculos correspondentes e antagónicos. Aritenoideus e Crico-aritenoideus laterais (fecham a glote) em oposição aos Crico-aritenoideus posteriores (abrem a glote). Crico-tiroideus (alongam as cordas vocais) em oposição aos Crico-faríngeos (encurtam as cordas vocais).
A actividade dos 2 grupos aumenta ou diminui, conforme o impulso necessário para ajustar as cordas vocais ao comprimento e tensão, para que determinada frequência seja cantada. A contracção destes 2 grupos de músculos (alongando as cordas) é responsável pelas passagens de registo.
Os restantes músculos laríngeos e faríngeos accionam e preparam os ressoadores para o fenómeno de ressonância, aumentam ou diminuem o espaço faringo-bucal que vai servir de “amplificador” do som laríngeo durante a passagem do ar em vibração. O ar exerce uma pressão sub-glótica que deve ser regulada e mantida, para que, numa frase, a continuidade (que permite o “legato”) se verifique, e para que as dinâmicas de intensidade se realizem. O ar funciona assim como força geradora de energia necessária à elaboração de uma frase musical.
Para obter os agudos é necessário um aumento da tensão das cordas vocais, através da acção dos músculos crico-tiroideus, pela aproximação da cartilagem cricóide à cartilagem tiróide. Este movimento alonga as cordas vocais. A regulação fina das cordas vocais acontece pela interacção do músculo vocal com os outros músculos intrínsecos da laringe, incluindo o crico-tiroideu nas sucessivas incursões ao registo agudo (Seidner, 1982). A produção de agudos também pode ser conseguida por diminuição do diâmetro faríngeo (acção dos músculos constritores) e pela subida da laringe, mais do que por alongamento das cordas vocais.
Para obter os graves entra em acção um músculo extrínseco, o crico-faríngeo, que proporciona um encurtamento das cordas vocais, necessário à produção de tais frequências.
A pressão sub-glótica também pode influenciar a altura do som.



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