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A ANARQUIA É POSSÍVEL?
(Carlos C. de Andrada)

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A ANARQUIA É POSSÍVEL? Carlos C. de Andrada Muito se tem falado sobre a anarquia e o (anti) sistema anarquista, que é teórico, idealizado (e até, por que não dizer, utópico?) posto em prática. Eu, como anarquista libertário, defendo e trabalho para colocá-la em prática, como milhares de outras pessoas, diferentes em sua individualidade, mas com este objetivo comum. Porém, a questão principal e essencial que se coloca a nossa frente e persiste há muito tempo é: será que a anarquia funcionaria em condições e circunstâncias reais? Mais ainda, haveria prosperidade, satisfação para todos e uma vida mais feliz se a anarquia triunfasse em larga escala, em todo o mundo? Ou até se poderia perguntar se todas as pessoas teriam liberdade e noção democrática num eventual triunfo da anarquia sobre todos os sistemas e teorias de governo, controle e hierarquia existentes. Se nos voltarmos para a anarquia absoluta, ou seja, cada pessoa faz o que quer, sem se importar com absolutamente nada, há o risco de acontecer e se repetir precisamente o que já ocorreu nos primórdios da humanidade. Na pré-história, os homens das cavernas eram iguais até a formação de grupos mais numerosos e mais bem armados, que passaram a dominar grupos mais fracos e despreparados. Isto também ocorre num parâmetro individual e com quase todas as espécies de animais, quando um macho, ou até uma fêmea, domina os outros de seu gênero e se torna dominante, automaticamente colocando os restantes em posição desfavorável e criando um esquema opressor. O resultado é o que já se sabe: dominação pela força, repressão, abuso de poder e toda sorte de danos e prejuízos a quem é subjugado. Portanto, qual seriam os critérios para uma anarquia justa, igualitária, digna e plena? Não sei responder esta pergunta e, se soubesse, eu divulgaria a solução a todos que pudesse. Na verdade é muito difícil aplicar regras gerais ou específicas para analisar o que é um ato injusto, quem deve ser punido e como isso acontece. Supondo um exemplo concreto: se num lugar moram 8 pessoas e uma começa a incomodar outra, o quê fazer? Reagir sem pensar e levar a situação a ferro e fogo? Procurar evitar e suportar a pessoa agressora e suas atitudes, fugindo do fato e sem dizer nada? Convocar todos os moradores e pedir ajuda, mesmo que eles aleguem que o problema não os afeta nem interessa? Mesmo que se faça uma assembléia, como saber quem teria razão e quem seria qualificado como perturbador? Se as perguntas são difíceis, suas respostas, mesmo que haja várias, são ainda mais complexas. Se é um acontecimento pessoal, velado e duvidoso, fica ainda pior intervir e tomar atitudes. Portanto, até dentro da Anarquia, deve haver critérios, consultas e envolvimentos por parte de todos.



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