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(Carlos Rossi;  Globo Ciência)
  
Supercondutores   Em meados de 1986 quando totalmente por acaso 2 químicos franceses tiraram do forno uma cerâmica capaz de fazer milagres, foi sugerido que estava aberta a via para a levitação. Todo o fio que transmite eletricidade se transforma em um fraco imã . Sua força se multiplica em uma bobina, que contém grande extensão de fio enrolado. No trajeto entre uma usina e o consumidor perde-se energia, porquê a resistência dos fios metálicos cria atrito que dificulta a passagem de corrente, que acaba se transformando em calor inútil. Tal perda pode representar até 20% da energia. O desperdício poderia ser evitado com uma cerâmica supercondutora. Os engenheiros ainda gastarão muitas noites sobre as pranchetas, até que estas e outras maravilhas se tornem realidade. Mas a USP já possui um modelo antigo de bobina supercondutora, á base de fios metálicos super resfriados do tamanho de um punho fechado, mas capaz de levantar um automóvel. Pode se comparar a supercondução a conhecida brincadeira de derrubar dominós enfileirados que só cairão se afila estiver bem arrumada, quando o primeiro é derrubado, os outros caem inevitavelmente, em um movimento cascata. O fio supercondutor é composto de átomos enfileirados, como no jogo de dominó, e a corrente é formada pelos elétrons, partículas que soltam dos átomos a que pertencem. O movimento torna-se então harmonioso.   Os elétrons nunca se chocam com os átomos ou entre si mesmo e nem a corrente se transforma em calor. Empurrados pela força dos geradores de energia, os elétrons avançam aos trambolhões. Acabam transformando a sua energia em calor. O fenômeno permanecia um mistério até a 2ª guerra mundial. Até então se pensava que todo movimento deveria cessar na ausência de calor. É o que ocorre perto dos –273ºC ou o zero absoluto, pois nada pode ser mais frio do que isso. Onnes foi o descobridor do fenômeno em 1911. Quando estudava o comportamento do mercúrio a baixas temperaturas. Ele viu que na ausência de calor surgia de fato uma espécie de movimento perfeito entre átomos e elétrons. 45 Anos mais tarde se descobriu que esse movimento é gerado por uma notável cooperação entre partículas atômicas. Uma simples mas extraordinária mistura de 4 elementos químicos relativamente fáceis de encontrar : cobre, oxigênio, bário e outro ingrediente que pode ser o lantânio ou um de seus parentes, criou uma nova cerâmica. Os japoneses conseguiram um recorde de –20°C, mas o efeito durou apenas 2 horas. 
 
  
 
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