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Palmeiras: a origem do porco como mascote
(Luís Henrique Tamura)

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Em 1977 dois times chegaram à final do campeonato paulista de futebol, de um lado um time da cidade de Campinas, a Ponte Preta, do outro o Corinthians, que amargava nada menos que 23 anos de espera. Em comum acordo, as duas equipes decidiram que as partidas seriam todas decididas no estádio do Morumbi na cidade de São Paulo em uma melhor de 3. No primeiro jogo, o Corinthians venceu por 1x0, mas no segundo a Ponte Preta conseguiu de virada vencer por 2x1 com uma atuação marcante de Ruy Rei, seu centro-avante. Em 13 de Outubro de 1977 o estádio do Morumbi se converteu em um belo palco para uma final de campeonato no terceiro e decisivo jogo. A torcida corinthiana estava ansiosa e pretendia desfazer o pesadelo, mas estava inegavelmente abatida pelo fato de ter tido a taça nas mãos e perdê-la em poucos minutos de jogo. O fato de ter sofrido uma virada na segunda partida acabou influenciando os ânimos e causando certa apreensão entre os corinthianos. Pois bem, no dia da decisão, como seria de se esperar, o estádio estava lotado, mas ao lançar a sua imensa bandeira cobrindo um dos lados da torcida, todos se surpreenderam com a segunda bandeira que foi lançada sobre o outro lado do estádio e onde se apresentavam nada menos que a outra metade interessada pelo jogo, ou seja, o estádio estava literalmente dividido entre duas torcidas, a do Corinthians e a da Ponte Preta, com duas imensas bandeiras, uma de cada lado. Mas a Ponte Preta??? Nada contra a possibilidade da Ponte Preta ter conseguido trazer sua torcida, mas haveriam tantos torcedores assim de uma cidade que está distante à cerca de 100 km da Grande São Paulo? Campinas tinha seus habitantes à época, mas dos que se interessavam e torciam por times de futebol, haviam os torcedores da Ponte Preta e os do Guarani. Se todos os ponte-pretanos viessem chegariam a ser em tal número? Alguns torcedores corinthianos foram investigar a situação e acabaram por descobrir uma armação. Não eram tantos torcedores da Ponte Preta assim, eram nada menos que palmeirenses que foram para o estádio, vestindo a camisa da Ponte Preta por cima da camisa do Palmeiras e foram torcer para a derrota do Corinthians. Estavam organizados principalmente pela TUP (Torcida Uniformizada do Palmeiras) e pela Mancha Verde. Divertido não? Pois bem, o que havia de pior não era apenas o fato de terem ido ao estádio para torcer pela derrota do seu arqui-rival, o pior era o que pretendiam fazer. O Corinthians estava há 23 anos sem ganhar o título do paulista. Se perdesse chegaria aos 24 anos sem ganhar e então, a torcida do Palmeiras já estava com um animal, um veado com a camisa do Corinthians para ser solto no estádio tão logo o jogo acabasse. Não é preciso ser muito inteligente para prever o que viria a ocorrer. Sairia para uma guerra campal. Mas, Rui Rey, herói do segundo jogo foi expulso logo no começo do terceiro, o Corinthians conseguiu vencer a partida por 1x0 e conseguiu finalizar o seu drama. Porém, o que havia sido armado foi algo que ficou entalado na garganta de líderes da Fiel torcida corinthiana. No final do ano, a diretoria do Corinthians solicitou à então CBD (Confederação Brasileira de Desportos), antecessora da CBF, que seu time tivesse uma revisão nas datas de seus jogos nos campeonatos brasileiro e paulista, para que tivesse melhores condições de competir na Libertadores da América. Neste sentido, todos os times da primeira divisão do campeonato paulista foram favoráveis, exceto... a diretoria do Palmeiras. Foi a gota d’água. Em 1978, no primeiro jogo entre os dois times no campeonato paulista de futebol, a torcida corinthiana soltou um porco no gramado vestindo a camisa do Palmeiras. Por anos a fio, em todos os jogos em que o time do Palmeiras entrava em campo, tanto time quanto torcida eram humilhados com o sonoro coro por parte das outras torcidas gritando: “Porco, porco, porco...” repetidamente, sejam são paulinos, santistas, lusitanos, ou qualquer outro time nacional. Depois de muito tempo sofrendo esta humilhação, uma mente iluminada da torcida palmeirense acabou encampando a idéia e a denominação, vestindo a camisa de porco, máscara de porco e aceitando seu novo mascote gritando: “Dá-lhe porco, dá-lhe porco”. Hoje, o antigo mascote acabou até esquecido, o papagaio verde com a camisa palmeirense deu lugar ao porco, porque sua torcida prefere se orgulhar ao ser chamada de porca e seus membros porcos, ou porcões, do que ser humilhada com o sonoro grito dos seus adversários achincalhando: "porco...porco...porco..."



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