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Filme - O país dos tenentes
(João Batista de Andrade)

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O PAÍS DOS TENENTES Este filme tenta remontar o ambiente vivido pelos “tenentes” no movimento tenentista no inicio do século XX, tomando como base à vida de um General que teria participado do movimento, apesar de ser um personagem fictício o General Guilherme é colocado no filme como um participante atuante dos primeiros atos dos tenentes. O primeiro acontecimento evidenciado no filme foi a revolta dos 18 do Forte, revolta esta que e eclodiu no Forte de Copacabana em 05 de julho de 1922, no inicio da revolta eram vários jovens tenentes envolvidos no ato, porem após alguns bombardeios e pelo apelo do governo a maioria dos rebelados se entregaram, restando apenas 17 militares e um civil, fato este que também foi mostrado no filme, o que faz dele possível para imaginarmos como ocorreu esta primeira revolta, mas é bem verdade que é um filme por isso pode ocorrer alguns erros historiográficos. A frustração do General “Gui” era pelo fato dele ter participado do movimento e ter visto que tomou a decisão que o afastava da ideologia que deu origem à revolta. Segundo o texto de Boris Fausto em que ele trata da questão do tenentismo, podemos notar que a critica primordial dos “tenentes” era a oposição aos governantes atuais, liderados pelas poderosas oligarquias regionais que liderava a política republicana, e também as mas condições do exercito bem como o rumo educacional que estava sendo imputado aos alunos militares, um ensino basicamente militar descontextualizado da diversidade da escola positivista, que segundo eles afastava os militares das questões sociais e políticas, tratando apenas de formar militares profissionais. Podemos notar também a questão da preocupação social do movimento, que não quer dizer que o povo estava apoiando o movimento, como foi evidenciado no filme eles com muita preocupação com ataques tanto das tropas do governo quanto dos rebeldes nas suas casas e no comercio local, mas os tenentes também buscavam melhorias sociais para o povo encontrando um maior apóia nas classes urbanas, pelo descontentamento de algumas alas com a situação atual na política oligárquica. Fica evidente então que o movimento teve um caráter elitista, pela ausência do povo, e foi justamente isto que frustrou alguns dirigentes do movimento, pois a revolta não conseguiu tirar de circulação política dominantes os velhos elementos da velha oligarquia. No filme o ápice do movimento foi com a entrada de Luis Carlos Prestes, com incursões pelo interior do pais com propósito de levar a idéia do movimento tenentista aos lugares mais distantes do Brasil, mostrando no filme uma distribuição de um jornal e dificuldade em lidar com as lideranças dos moradores do interior e a intervenção dos coronéis, pois estes últimos tinham interesses que os colocavam em confronto com a “coluna” devido o fato dos coronéis serem representantes das fortes oligarquias. É bastante notória também a questão da heterogeneidade do movimento,pois nas próprias fileiras da revolução havia ideologias diferentes, que também é retratado no filme onde foi relatado que havia uma ala mais radical, inconformada com os rumos da “revolução” e principalmente com o posicionamento omisso do alto escalão do exercito, e outra ala mais moderado com discursos reformistas. Enfim, assim como no filme, o texto de Boris Fausto evidencia que Tenentismo não foi um ato estanque no processo revolucionário, as características do movimento podem ser percebido em atos antecedentes da década de 20 do Século XX, como a revolta da Chibata que demonstra uma característica de rebeldia a cúpula do exercito, e após os anos 30 do mesmo século, que marca a entrada de “tenentes” no governo.



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