A tartaruga e a lebre 
(La Fontaine)
  
“Apostemos, disse à lebre  A tartaruga matreira,  Que eu chego primeiro ao alvo  Do que tu que és tão ligeira!”  Estando as duas a par,  A tartaruga começa  Lentamente a caminhar.  A lebre, tendo vergonha  De correr diante dela,  Tratando uma tal vitória  De treta ou de bagatela,  Deita-se e dorme um pouco;  Ergue-se e põe-se a observar  De que parte corre o vento,  E depois entra a pastar;  Eis que deita uma vista de olhos  Sobre a companheira sorna,  Ainda a vê longe da meta  E a pastar de novo torna.  Olha, e depois que a vê perto,   Começa a sua carreira;  Mas então apressa os passos  A tartaruga matreira.  À meta chega primeiro,  Apanha o prémio apressada,  Pregando à lebre vencida   Uma grande gargalhada.  Não basta só haver posses  Para obter o que intentamos;  É preciso pôr-lhe os meios,  Quando não, atrás ficamos.  O empreendedor não desprezes  Por fraco, se te investir;  Porque um anão acordado  Mata um gigante a dormir. 
 
  
 
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