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INTRODUÇÃO À CRÍTICA DA FILOSOFIA DO DIREITO DE HEGEL - IDEOLOGIA ALEMÃ
(HEGEL)

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INTRODUÇÃO À CRÍTICA DA FILOSOFIA DO DIREITO DE HEGEL

Primeiro trabalho publicado de Marx, em 1844, nos “Anais franco-alemães”. Para se ter um bom entendimento acerca da crítica de Marx à filosofia de Hegel, torna-se essencial ter uma pequena noção acerca do pensamento de Hegel. Este elaborou uma teoria que se tornou a ideologia dominante na Alemanha da primeira metade do século XIX, era, realmente, a doutrina oficial do Estado prussiano. Este Estado, que tinha Hegel como base doutrinária, era retrógrado, conservador e atrasado. Hegel dizia que o Estado internaliza a Moral e libera a Razão para a vida social, e que a Religião, o Estado e a Filosofia são as mais puras manifestações de Deus. A religião cristã, para ele, era a maior expressão da Razão. Resumindo, o pensamento de Hegel era bastante abstrato, filosófico, subjetivo, espiritual. Algumas correntes de pensamento alemães (como o movimento liberal e a esquerda hegeliana) criticavam alguns pontos do pensamento de Hegel, apesar de aceitar outros vários.
A crítica construída por Marx não visava só a Hegel, mas também a estes críticos de Hegel. Afirma que uma crítica realmente útil não pode se situar somente no plano do discurso, da teoria, mas sim se transformar em prática, atingindo as massas e se configurando como força social capaz de subverter a estrutura vigente. Para isso, não critica só o pensamento hegeliano, mas o Estado que lhe serve de base: o alemão. E é isso que ele fará: criticará fortemente do Estado alemão, chamando-o de retrógrado, atrasado: o passado dos outros Estados europeus. Indiretamente, critica o pensamento abstrato de Hegel, culpando-o, em parte, pelo atraso fenomenal da Alemanha. Além disso, o Estado alemão é, ainda, opressor: utilizando-se de amarrar que impedem o pleno desenvolvimento do povo, ele o aliena. Essas amarras são a religião (muito criticada por Marx, que afirma ser a religião o ópio do povo, um instrumento autoalienante), a fragmentação do homem em classes sociais e em nações. Marx acha que, para libertar o homem de toda essa opressão, deve-se “faze-lo acordar”, forçar o povo a perceber que é oprimido, fazer com que as dificuldades impostas a ele sejam ainda mais penosas até que ele se dê conta da sociedade injusta em que vive e a modifique.
Marx identifica no proletariado o gérmen dessa subversão à estrutura vigente. Afirma que, por ser a classe mais oprimida e explorada, “acordará” de seu sono alienante, percebendo a opressão antes que as outras. Aí então se rebelará e se livrará das amarras opressivas. Marx proclama, então, a luta de classes como motor da história e o proletariado como a classe que subverterá a atual ordem mundial.

A IDEOLOGIA ALEMÃ

A ideologia alemã, de 1846, consolida a fase de críticas de Marx aos filósofos e à filosofia anteriores a ele: nesse caso, sob as figuras de Feuerbach, Bruno Bauer e Max Stirper. Marx afirma que a filosofia alemã de até então comete o erro de “descer do céu para a terra”, ou seja, privilegiar a análise daquilo que os homens dizem, imaginam e pensam, ou seja, das coisas subjetivas e abstratas, para a partir daí compreender o homem de carne e osso. Marx afirma que este tipo de concepção é inaceitável, uma vez que o imaterial surge do material, e a consciência nunca pode ser maior que o ser consciente: deve-se dar prioridade às coisas materiais, concretas: a vida em sociedade, as relações sociais, a economia, o homem como ser biológico e suas relações com as condições naturais, sua produção material, para daí compreender a consciência coletiva, os aspectos abstratos que, por si só, não têm história e nem desenvolvimento próprio, sendo frutos das coisas concretas.
E é partindo desta base objetiva e material que ele traça um pequeno histórico das propriedades e modos de produção: ressalta a importância da produção material do homem, dos bens necessários à vida (da própria vida material) como diferença entre humanos e animais. Essa produção dos bens necessários à vida também é ligada às relações de um homem com o outro e reflete o que os homens são, necessariamente. Aponta também o desenvolvimento das forças produtivas e da divisão do trabalho como formas de medir o desenvolvimento interno de uma nação. Cada estágio da divisão do trabalho está vinculado a um certo tipo de propriedade:
tribos – forma mais rudimentar, extensão da estrutura familiar, divisão do trabalho pouco desenvolvida.
Comunitária / estatal – típica da Antiguidade, com grande presença de escravos como classe produtora.
Feudal – típica da Idade Média, com os feudos habitados pelos servos no campo, e as corporações artesanais de servos nas cidades: divisão do trabalho um pouco mais evoluída (campo/cidade).



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