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Osvaldo Cruz, além da varíola, teve que enfrentar a “santa ignorância” do povo.
(Carlos Rossi; Mega Arquivo)

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Bondes tombados, trilhos arrancados, calçamentos destruídos, tudo feito por uma massa de 3 mil revoltosos. A causa foi a lei que tornava obrigatória a vacina contra a varíola. Tudo política : queriam derrubar o presidente Rodrigues Alves. No meio do conflito, com saldo de 30 mortos, 110 feridos, cerca de 1000 detidos e centenas de deportados, aconteceu um golpe de estado cujo objetivo era restaurar as bases militares dos 1°s anos da república. A revolta foi sufocada e a cidade remodelada e pouco depois o RJ perderia o título de "túmulo de estrangeiros". Atualmente a varíola está extinta e a OMS discute a destruição dos últimos exemplares do vírus, mantidos em laboratório. Rodrigues Alves assumiu a Presidência em 1902 no RJ com um programa de governo que consistia em modernizar o porto e remodelar a cidade e para isso deveriam desaparecer as doenças como peste bubônica, febre amarela e varíola. Em 1895, ao atracar no RJ, o contratorpedeiro italiano Lombardia perdeu 234 de seus 337 tripulantes por febre amarela. Em 9 meses a reforma urbana derrubou cerca de 600 edifícios e casas para abrir a Av. Central, atual Rio Branco. A operação bota-abaixo obrigou parte da população mais pobre a se mudar para os morros da periferia. Financiados pelo monarquismo, um jornal promovia desordens, passando á população suas idéias conspiradoras por artigos e charges. Mesmo após os confrontos, com a revogação da obrigatoriedade da vacina, permaneceu válida a exigência do atestado de vacinação para trabalho, viagem, casamento, alistamento militar, matrícula em escolas públicas, hospedagem em hotéis. Em 1904, cerca de 3500 pessoas morreram de varíola; dois anos depois o n° caiu para 9. Em 1908, um nova epidemia elevou os óbitos para cerca de 6550, mas em 1910 foi registrada uma única vítima. Para combater a peste bubônica, Osvaldo Cruz formou um esquadrão especial de 50 homens vacinados, que percorriam a cidade espalhando raticida e mandando recolher lixo. Criou o cargo de comprador de ratos, um funcionário que recolhia os ratos mortos pagando 300 réis por animal, pois já se sabia que eram as pulgas desse animal, o agente transmissor. Em 1881, o médico cubano Carlos Finlay identificou o mosquito transmissor da febre amarela. Foram então criadas as brigadas mata-mosquitos que invadiam as casas para a desinfecção com gases de piretro e enxofre. No primeiro semestre de 1904, foram feitas 110 mil visitas domiciliares e interditados 626 edifícios e casas. A população contaminada era internada em hospitais. De mil mortes em 1902, baixaram para 48. Em 1909, não era registrada no RJ mais nenhuma vítima de febre amarela. O cientista envelheceu rapidamente. Aos 30 anos já tinha cabelos brancos. A sífilis causou-lhe insuficiência renal e mais tarde vieram delírios. Prefeito de Petrópolis, morreu em 11 de fevereiro de 1917, com uma passeata de protesto de frente a sua casa.



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