BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


www.ultimahora.ig.com.br
()

Publicidade
Bush faz limonada sem limões no Oriente Médio
17/07 - 08:22 - Caio Blinder, de Nova York

NOVA YORK - Atolado no Iraque, George W. Bush mudou de assunto. O presidente americano anunciou na segunda-feira (16) uma nova arrancada rumo a um acordo entre Israel e palestinos. Reviver o moribundo processo de paz é tarefa ingrata e, como diz o jornal "New York Times", "sinaliza outra guinada crucial para um governo que está buscando desesperadamente algum tipo de vitória em política externa no volátil Oriente Médio".


Em um plano armado às pressas nos últimos dias, a Casa Branca vai patrocinar uma conferência regional no segundo semestre e reforçar a ajuda ao presidente palestino Mahmoud Abbas. Bush, claro, quer tirar proveito do racha palestina entre o que ele considera os "moderados" do Fatah, de Abbas, e os "extremistas" islâmicos do Hamas. Países ocidentais aceleraram os esforços para respaldar o governo de Abbas, na Cisjordânia, e isolar o Hamas que consolidou seu controle na faixa de Gaza depois das sangrentas batalhas no mês passado.
Washington sabe que precisa oferecer um horizonte político para Abbas, mas Bush reconhece que o projeto de um Estado palestino viável está distante cinco anos depois que ele se tornou o primeiro presidente americano a defender formalmente a idéia. Este esforço redobrado de Bush, um presidente desmoralizado, chega tarde e tem pouco capital político. Abbas é visto nas capitais ocidentais como um interlocutor aceitável para Israel, mas sua posição é frágil, assim como a do primeiro-ministro israelense Ehud Olmert.
Mesmo a inteligência americana (correndo atrás de credibilidade depois do fiasco iraquiano) adverte sobre os riscos desta chamada estratégia de "Cisjordânia primeiro". Relatórios da inteligência avaliam que a posição de Abbas mesmo no território que ele controla é vulnerável e o presidente palestino sequer tem comando sobre todos os grupos armados na Cisjordâna, mesmo aqueles ligados ao Fatah, como as Brigadas Al-Aqsa. Um cenário possível é que grupos extremistas palestinos tentem agora incrementar ataques contra a Israel a partir da Cisjordânia para minar os esforços de paz e a habilidade de Abbas para construir seu Estado enxuto com a benção e um pouco de assistência de países ocidentais.
Paul Pilar, que foi o principal analista de Oriente Mëdio do Conselho de Inteligência Nacional disse ao jornal "The Washington Post" que com sua nova receita diplomática o governo americano merece crédito por "fazer limonada sem limões", mas está subestimando o fator Hamas. Pior, ao isolar o grupo irá radicalizá-lo ainda mais, em uma profecia auto-realizável. Pilar lamenta que o governo americano, como no Iraque, não escute com cuidado as advertências da sua própria comunidade de inteligência sobre a crise palestina.



Resumos Relacionados


- Www.msn.com.br

- Blair Se Reúne Com Palestinos E Israelenses No Oriente Médio

- Atualidade Sobre O Hamas

- Yahoo

- Israel Promete Novas OperaÇÕes Em Gaza



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia