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Civilização Celta
(Conhecer)

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“A Gália divide-se em três partes: uma habitada pelos belgas, outra pelos aquitânios e a terceira que em sua própria língua se denominam celtas e na nossa são chamados de gauleses.” A “nossa língua” era o latim e a Gália província romana entre os Alpes e os Pirineus, e o autor do trecho Júlio César, um chefe militar que além de guerrear com os celtas nos anos 58 a 51 a.C. estudava seus costumes, considerados bárbaros para um romano culto. A arqueologia e a lingüística também contribuíram para a reconstrução da cultura dos celtas. Originários da região sudoeste da Alemanha, a leste do rio Reno no fim do período do bronze I, 2500 a 1900 a.C. A língua desses antigos celtas, apresentava características arcaicas. Foram os primeiros a se expandir fora da Alemanha. Ao chegarem a Grã-Bretanha, ainda no período do bronze, introduziram seu idioma dando origem à língua gaélica falada na Irlanda e na Escócia até hoje. Entre os celtas que ficaram na Europa Central a língua evoluiu de modo diferente, dando origem aos idiomas do ramo britânico, difundida em migrações posteriores que também chegou até a Grã-Bretanha. A este grupo pertenceu a língua dos gauleses da antiga Gália (França) o atual Gales (País de Gales) e o bretão falado na Bretanha Francesa. Coube a eles o papel de difundir em diversas regiões, a cultura de Hallstatt no período entre 1000 a 600 a.C. Desenhavam com realismo animais em cerâmica mobílias e outras provisões. Quando essa cultura na Europa centro-oriental se esgotou, mais para o ocidente se desenvolveu e difundiu a cultura de La Tène, com formas artísticas geralmente abstratas. Com uma refinada metalurgia, fabricavam escudos, espelhos, adagas e bainhas que eram decorados com espirais e motivos florais, sendo considerada uma civilização céltica por excelência. A expansão celta atingiu o auge no século III a.C. Não se conhece a causa nem os métodos de suas andanças. Supõe-se que partiam em levas, cada qual numa direção, em busca de terras para habitar. Em direção do oriente ocuparam a Boemia e o vale do Danúbio. Passaram pela Transilvânia até a atual Ucrânia. Estiveram nos Bálcãs e depois com os macedônios de Alexandre. A partir de 276 a.C. fixaram-se no centro da Ásia Menor ao redor de Ancira, hoje Ancara. No oeste conquistaram a Gália e no norte as ilhas Britânicas. No sul invadiram a península Ibérica. No início do século IV a.C. atravessaram os Alpes e se instalaram na Lombardia e ao sul do Rio Pó, avançaram até os montes Apeninos e o mar Adriático. Dominaram os etruscos que habitavam entre o mar Tireno e os rios Arno e Tibre. Continuaram até o sul da Itália e chegaram a capturar Roma em 390 a.C. A partir dessa data enfraqueceram. Mesmo possuindo muitas terras, nunca construíram um império com unidade política. Desgastavam-se em combates internos, em alianças com inimigos de grupos rivais e combatendo como mercenários para as tropas romanas. No século I a.C. todos os seus domínios exceto a Irlanda e a Escócia tinham sido perdidos para Roma. Pode-se estudar a organização social e política dos celtas através das culturas irlandesa, escocesa e galesa conservadas muito tempo sem influencia estrangeira. Os que se radicaram na Irlanda, dividiam-se em cinco classes: nobres, sacerdotes (druidas), livres, não livres e escravos. Os livres, proprietários e artesãos eram a grande maioria. Os não livres arrendavam terras e exerciam funções consideradas inferiores. Os nobres possuíam grandes extensões de terra, forneciam mão de obra, gado, mantimentos e ajuda militar ao rei. A relação entre um nobre e o rei era estabelecida em contrato e imediatamente dissolvido com a morte de um deles. Sacerdotes ou druidas eram consagrados após vinte anos de estudo. Considerados sábios, conheciam geografia, história, adivinhação e magia. Gozavam de privilégios, prestígio político e monopólio dos rituais. Os celtas na Irlanda organizavam-se em pequenos estados. Realizavam assembléias populares dirigidas pelo rei. A propriedade da terra não era deum indivíduo nem do chefe da família, mas à família da qual não podia ser alienada. A base da organização familiar era o clã (que existiu até o século XVII). Na Gália havia agrupamentos semelhantes, aos quais César chamou de civitates (cidades). Ali já não havia conselho do povo e a cúria tornou-se uma instituição. Só nobres detinham o poder. Foram vencidos com relativa facilidade, embora seu ardor bélico os levassem a fabricar grande quantidade de armas, mas pesadas e desproporcionais. Não combatiam em formação militar, não usavam elmos nem armaduras. Proteção só para os chefes.



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