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Para onde vai o povo do Cerrado do Amapá?
(Chico Terra)

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O Cerrado é um tipo de vegetação caracterizado por árvores baixas, retorcidas, em geral dotadas de casca grossa e suberosa, espaçadas, e que leva por baixo tapete de gramíneas. Ocorre no Planalto Central Brasileiro, na Amazônia, em parte do Nordeste, e muito pouco no Sul. Os plantadores de soja dizem que o Cerrado só presta para pegar fogo e que em nada contribui para o progresso da humanidade, ao contrário da soja que gera dividendos e colocou o Brasil como segundo maior produtor do planeta. O Estado do Amapá que tem quase a totalidade das florestas preservadas, não tem nenhuma política de gestão dos cerrados, justamente para atender a demanda mundial de soja que tem no Brasil um verdadeiro celeiro já que os países, principalmente os europeus não tem espaço para plantio. Sem política de gestão, o cerrado habitado por populações tradicionais do Amapá, ou seja, as comunidades Quilombolas, serão obrigadas a deixarem seus lugares de origem em favor da produção da leguminosa. Com o advento da siderurgia, transforma-se a vegetação do cerrado em carvão (alimento dos alto-fornos) para depois de devastada, dar lugar às plantações de soja. Nesse momento, os primeiros experimentos com a soja se fazem na ilegalidade já que as terras utilizadas não são tituladas, mas os parlamentares já lutam com unhas e dentes para transferir as terras da união para o estado e assim poderem de forma legal ratear o chão que pertence a todos e vende-lo para a perpetuação de sua espécie. Ficam perguntas de difícil resposta no ar: - Será vantajoso substituir a diversidade da vida do cerrado pela monocultura da soja que nem é consumida pelo povo da Amazônia, cujo paladar repudia seus subprodutos e que além do mais são caríssimos? - Para onde irá o povo tradicional das regiões de cerrado quando se sentirem sufocados pela fumaça das carvoarias e se resistirem, pelas coivaras queimando o que sobrou para limpar o campo e pelas máquinas para liberar o terreno da soja, avançando sobre esse povo? Respondam se puderem. Mandamos matéria prima e alimento a troco de máquinas e sacrifício, trabalho semi-escravo e destruição da natureza e da nossa cultura. O preço dessa permuta é muito alto. * Chico Terra é jornalista – Repórter fotográfico DRT - 00059/AP



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