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Os Celtas
(Luís Henrique Tamura)

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Denominava-se celta um grupo que habitou as atuais ilhas britânicas. Foram anteriores aos vikings noruegueses, estabelecendo-se no local em cerca de 11.000 a.C. (os vikings ocupariam este território por volta de 2.000 a.C.), sua origem é indo-européia e habitavam anteriormente as proximidades do Reno e do Danúbio (Alemanha). Existe uma relação entre celtas e druidas, isso pode esclarecer como os vikings também passaram a observar uma orientação religiosa amparada na figura do druida, no período que antecedeu o advento do cristianismo para ambos. Após a penetração viking neste território, podemos observar três divisões: Celta-continental ou Gaulês, habitavam a região que atualmente compõe principalmente a França, centro da Europa, até a Ásia Menor e compondo portanto Espanha, Itália, Gália e Galácia; Celta Insular, ou Gaélico, habitavam a ilha de Mani, território da Escócia e Irlanda; Celta Britânico, ou Câmbrico, saíram das ilhas britânicas. Não podemos presumir de maneira definitiva as relações que mantiveram com os povos em seu redor, mas podemos encontrar muita evidência arqueológica em outras culturas. O primeiro encontro histórico gravado indicando traços culturais associados aos Celtas, vêm do Norte da Itália e data de 400 a.C., quando eles teriam descido dos Alpes e deslocado os Etruscos do Vale Fértil do Pó, sendo assim não temos muito material conclusivo sobre o povo celta senão assimilarmos sua condição por meio das colonizações posteriores. Eles seriam estudados pelos romanos que enviaram três batedores para avaliar sua força e o poderio. Segundo a avaliação de um romano sobre os celtas: "...supõe-se que seja um povo corajoso porque forçou os Etruscos a uma retirada necessária...". Se eles não tivessem se saciado com propriedades supérfluas que tomaram das mãos dos Etruscos, certamente viriam a fazer isso com os romanos e nisso não temeriam o combate, resumem a sua ideologia à frase: "Aos bravos pertencem todas as coisas". Eram também chamados de Galli pelos romanos e Galatai ou Keltoi pelos gregos que significa bárbaro. Celta vêm da expressão grega, Keltoi. Ela ganhou diferença quando utilizada na Bretanha onde o latim britânico se distinguiu do latim original e percebeu a pronunciação do K em uma maneira mais leve de pronúncia que o tornou próxima ao S. A língua original dos celtas descende do UR e da língua tradicional indo-européia, sendo o celta antigo mais próximo do italiano precursor do latim. O grupo que migrou para as ilhas birtânicas é chamado de q-Celts e teriam falado o Goidelic, não se sabe exatamente, mas é possível que isso tenha ocorrido entre 2.000 e 1.200 a.C. Entre as diferenças que marcaram o idioma celta britânico e o celta original é a aplicação do "p" e do "a" em lugar do "o" original. Uma segunda geração de celtas viriam a expressar o idioma celta como Brythonic, enquanto isso o goidelic dava origem à formação de três idiomas distintos que seriam expressos na Irlanda e na Escócia. O Brythoinic deu origem a outras duas línguas o galês e o cornish. Para ter idéia do que representou e de como ficaram as diferenças entre os grupos, enquanto que um expressava a palavra cavalo como "equos", o outro exprime como "epos", o q é substituído pelo p. Sua origem lhe conferiu certa facilidade de relacionamento com os bálticos e os povos dos Alpes, assim como na Ásia Menor. Como a maior parte dos povos deste período, sua sociedade era aristocrática e patriarcal. A instrução religiosa era amparada na figura do druida à quem não apenas seguiam como também assimilavam a idéia de religião e de divindade. Reuniam-se em bosques e nas florestas, sob o comando de um ou mais druidas. Em 700/600 a. C eram numerosos na Lorena e na Borgonha, no Jura. Na era de La Têne, séc. VI a. C, houve grande expansão, florescendo sua civilização, atingindo as Ilhas Britânicas e a Gália Central. No séc. VI, cresceram e ocuparam a Armórica e o vale do Ródano e depois a Boêmia. Em 393-386 AC no poderio etrusco fixaram-se na Planície do Pó. Século III AC, invadiram os reinos helenísticos e então instalaram-se na Galácia. Era o apogeu da expansão celta. Mas faltou o consenso, alguns queriam dominar sobre outros da mesma linhagem e do mesmo idioma, pretendiam ser mais poderosos do que outros onde deveria existir um grupo faltou a união e veio a rápida decadência. Em 224 a. C foram vencidos pelos romanos aos quais se renderam. Alguns historiadores defendem que no advento da invasão de Alexandre o Grande, começou o desaparecimento dos Mistérios. Os Celtas tinham como sua cidade flor, a cidade de maior prestígio e influência cultural, a cidade de Alésia, em 47 a.c. Famosa pelos seus rituais de iniciação onde até os jovens romanos eram destinados (40.000 jovens romanos participavam dos estudos sobre a iniciação, astronomia, ocultismo entre outros praticados pelos druidas), era para muitos a antiga metrópole, onde ficou sepultado a iniciação druídica e a liberdade dos Gálias. No início do cristianismo, as cidades celtas passaram a ficar subjugadas por Roma, com pesados impostos, que conduziram a uma revolta popular. Foram esmagados pelo exército romano e degolados quase a totalidade dos habitantes de Alésia. O colégio sacerdotal dos druidas com todos os seus neófitos foi saqueado e destruído assim como a sua cidade. Muitos livros foram queimados e muito material foi derretido pelo valor de seu metal, ouro, prata, bronze, diamantes e outras especiarias. Seu poderio sucumbiu com o advento das forças de Roma.



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