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A ética protestante e o espírito do capitalismo
(Max Weber)

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WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do
Capitalismo. Tradução: Pietro Nassetti. São Paulo, Editora Martin Claret,
2005.

Idéia central: O homem é dominado pela
geração de dinheiro, pela aquisição material como propósito final de sua vida.
Considerado “pecado” possuir muitos bens, quem detinha todas as formas de
riqueza eram a igreja e o estado (este estava à ela subordinada). Com o advento
do protestantismo, o homem não mais encara o fato de possuir bens algo fruto do
pecado, mas o encara como sendo um presente de Deus, que Ele era o escolhido e
podia possuir tudo o que conquistasse, desde que honestamente.





Segundo o próprio Weber, A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo
não deve ser visto como um estudo detalhado do protestantismo, mas sim como uma
introdução acerca de suas obras posteriores. Para este autor, o desenvolvimento
do protestantismo teve grande papel no desenvolvimento do regime capitalista.
No catolicismo as pessoas colocavam tudo o que fosse profano em segundo lugar,
“era pecado ter” como é citado na própria bíblia “é mais fácil passar um camelo no buraco de uma agulha do que entrar um
rico no reino dos céus”.

Weber define o espírito capitalista como idéias e hábitos racionais que
visam o lucro. Com o advento do protestantismo (o autor dá mais ênfase ao
calvinismo embora se refira ao protestantismo de modo geral), o comportamento
da sociedade em relação aos bens mundanos muda radicalmente. O autor postula
que certos tipos de Protestantismo favoreciam o comportamento econômico
racional e que a vida terrena (em contraste com a vida "eterna")
recebeu um significado espiritual e moral positivo. O Calvinismo trouxe a idéia
de que as habilidades humanas (música, comércio, artes no geral, etc.) deveriam
ser percebidas como dádiva divina e por isso incentivadas. Este resultado não
era o fim daquelas idéias religiosas, mas antes um subproduto ou efeito
lateral. A lógica inerente destas novas doutrinas teológicas e as deduções que
se lhe podem retirar, quer direta ou indiretamente, encorajam o planejamento e
a abnegação ascética em prol do ganho econômico. Ter algo, ter poder, é
absolutamente normal, “se eu sou rico, é porque Deus assim quis”. Ou seja: os
cristãos esperavam a recompensa após a morte; as religiões orientais
respeitavam a lei kármica, que tudo assim deveria ser; e os protestantes por
considerarem-se Os Eleitos, viviam e buscavam a satisfação aqui e agora.

Até meados de 1980, a
patrulha ideológica marxista perseguia qualquer pessoa que recorresse a termos
weberianos, pois para eles o sociólogo era tido como o “Marx da burguesia”.
Enquanto Marx pregava veementemente a supressão gradual do estado, Weber
concebia que a burocracia devia ser permeada por um controle democrático.

Além do protestantismo, o autor também afirma que o desenvolvimento
econômico europeu e norte americano também foram influenciados pelo
racionalismo científico, o desenvolvimento dos métodos de observação mesclados
à matemática, o desenvolvimento das leis, a sistematização racional da
administração do estado, e os empreendimentos econômicos. Embora todos esses
fatores estarem envolvidos, Weber prega que o grande motor desse
desenvolvimento econômico era, sem dúvida, o protestantismo.

Com a publicação da Ética Protestante, este autor expõe suas observações
visando explicar a existência de algo em quem professa o protestantismo, em
particular a doutrina protestante de linha Calvinista, que se distingue por
santificar a vida diária em contraposição à contemplação do divino, condição
que favorece o espírito capitalista moderno, notoriamente o alemão, ou seja, o
autor busca idealizar, identificar, o tipo ideal de conduta religiosa, em
oposição ao conceito pregado pela Igreja Católica, que na época por meio do
conceito da piedade popular católica e da espera da recompensa na vida após a
morte; e a mensagem protestante de linha Luterana, que acredita que o homem já
nasce predestinado a salvação, condutas que repugnavam a obtenção do lucro e
que deste modo iam de encontro ao ideal burguês. Max Weber defende o
estabelecimento de um raciocínio lógico capitalista, que o mesmo denomina
racionalismo; sendo esta leitura realizada através da comparação da Alemanha do
período com outros países civilizados do planeta em condição de desenvolvimento
semelhante, ou seja, com existência do capitalismo e de empresas capitalistas,
sendo identificado na primeira uma estrutura social, política e ideológica
impar, que pode ser ditar como a condição ideal para o surgimento do
capitalismo moderno, que defende a paixão pelo lucro como demonstração de
prosperidade, fé e salvação. Neste contexto o autor expõe através do emprego do
método e da pesquisa científica uma das várias facetas do capitalismo, o
capitalismo ocidental, apresentando em sua obra científica como as principais
características do Sistema Capitalista a organização capitalista racional do
trabalho livre, a separação dos negócios da moradia da família e a
implementação da contabilidade racional; da qual se origina a classe burguesa
ocidental ligada estreitamente à divisão do trabalho.



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