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O carro que foi amaldiçoado pelo Papa
(Luís Henrique Tamura)

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No início dos anos 80, a empresa italiana Fiat iniciou as negociações que finalizariam com a compra da Ferrari. Neste início de atividades a Ferrari se dispôs a projetar em parceria um novo motor, mais forte, mas leve, menor e com mais tecnologia para veículos de pequeno porte. Nesta parceria, a Fiat acabou por lançar um novo veículo, menor que o Uno e bem mais leve. Ele conseguia atingir a velocidade de 100 km/h em menos de 5 seg. Logo nas primeiras vendas, foi obrigada a interromper sem chegar a atingir mil unidades, vendeu pouco mais de 950, mas dentre os veículos vendidos mais de 97 % deles se acidentaram gravemente, com perca total e matando os motoristas. Os compradores se matavam com o carro, era uma época nostálgica onde se vislumbravam todos os fins de semana com as corridas de Fórmula 1. Um veículo com estas capacidades fazia inspirar os anseios dos jovens motoristas. O Papa João Paulo II interpretou que um carro como este não poderia ter nada de Deus e com isso amaldiçoou o projeto, determinando que fosse cancelada a sua produção imediatamente. É bom lembrar que o Vaticano é detentor de parte das ações da montadora italiana.Gianni Agnelli presidente da fábrica italiana, morreu aos 81 anos em 23/01/03, Umberto Agnelli herdeiro da empresa, telefonou para Giuseppe Morchio, um genovês de então 55 anos. Este homem teria transformado a divisão de fios e cabos da Pirelli em uma máquina de fazer dinheiro. Umberto Agnelli foi diretamente ao assunto: "Preciso de você no comando do grupo. Aceita?". Morchio estava velejando no Mar Mediterrâneo, desfrutando da bolada de 150 milhões de euros que recebera como bonificação no emprego anterior. Sem pensar duas vezes respondeu: " Estou indo ".Ao chegar como novo dirigente da empresa, Morchio estabeleceu metas onde projetava o fechamento de ao menos uma fábrica fora da Itália e poupando o principal mercado não italiano, o brasileiro. A Fiat estava endividada, vendera 20 % de suas ações (divisão de motores) para sua concorrente direta a GM. Morchio tinha um desafio em suas mãos. Para adoção de medidas estratégicas, estabeleceu imediatamente que a empresa necessitaria inovar com lançamentos e para esta finalidade solicitou a revisão de todo e qualquer projeto que estivesse parado. Trouxeram o projeto do carro que estava parado desde os anos 80. Morchio perguntou por qual motivo este carro e este motor estavam parados, ao que lhe responderam que o Papa havia amaldiçoado o carro. Morchio solicitou que o motor viesse a ser instalado no Palio e no Uno. Descobriram um tesouro em suas mãos. Sem saber, a Fiat estava com um motor excepcional para ser instalado em veículos de pequeno porte. O negócio deu certo e mais do que isso, rendeu maior interesse ainda para a GM que já havia negociado a divisão de motores da Fiat e se interessou pela instalação deste motor em sua linha Celta e Corsa. Como co-adjuvante neste projeto, a Sachs Automotive foi quem se encarregou de desenvolver um sistema de embreagens que permitisse a instalação em toda a linha Uno, Palio, Celta e Corsa, pois todos estes veículos passariam a dispor do mesmo motor, diferenciando pela denominação na GM onde o nome Fire é denominado para os veículos Fiat enquanto que a GM denomina como VHC (Very High Compression).A negociação da GM com a Fiat deixou de dar certo no momento em que a Fiat solicitava o motor da S-10 para o Palio Weekend, mas negava o fornecimento do motor do Alfa Romeo instalado no Marea de 30 válvulas.



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