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O Condenado
(Bernard Cornwell)

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Resumo/ Crítica

Ficção histórica ambientada na Inglaterra do início do século XIX. A trama gira em torno de Rider Sandman, um respeitado capitão que participou da Batalha de Waterloo, contra os franceses, e conta apenas com seus distintos amigos na investigação do assassinato da condessa de Avebury. O acusado do crime é o pintor Charles Corday, e a Sandman restam apenas sete dias para salvá-lo do cadafalso.


O livro mostra-se bastante interessante ao descrever detalhadamente as mortes por enforcamento que aconteciam àquela época na Inglaterra. Já no prólogo, é possível ao leitor imaginar perfeitamente as grotescas cenas ocorridas na Prisão de Newgate, o que poderá levar você, caro leitor, a sentir no mínimo um leve arrepio. Até aí o livro promete. Pensei estar diante de uma história pra lá de emocionante. Mas acontece que o inglês Bernard Cornwell não é lá muito chegado à emoção, ao menos no que se refere a esta obra. Prefere a riqueza de detalhes, a descrição dos fatos, dos lugares. Mas não das personagens. E isso é algo que incomoda. Não que estes não tenham a menor graça. São personagens excêntricos e bem distintos entre si. O problema é que não são trabalhados a fundo. O autor não soube aproveitar as diferenças do grupo de amigos para tornar a história mais interessante. E o romance entre o capitão Sandman e a mocinha do livro, Eleanor, não flui em nenhum momento da trama, o que também se torna decepcionante. A personagem feminina que realmente se destaca é uma das amigas do capitão, Sally Hood, com seu jeitão desbocado. Já a personagem principal, Rider Sandman, não é lá grandes coisas. Não é do tipo de herói que você torce por ele durante o livro inteiro. Chega até a ser irritante o número de vezes em que é lembrada alguma batalha em que ele participou e usou de suas incríveis habilidades para levar seu exército à vitória (o cara era mesmo demais). E como trama de mistério, também deixa um pouco a desejar. Não é possível ter certeza de quem é o verdadeiro assassino da condessa, mas tampouco sentimos curiosidade em descobrir isso. Porém, quanto a isso, seria injusto reclamar, visto que o foco do livro não é bem esse. O autor parece mais interessado mesmo é no aspecto histórico e social, na recriação da época, em mostrar o descaso da Justiça para com os acusados e também em mostrar o medo de “queimar no fogo eterno”, que era eficientemente disseminado pela Igreja na camada mais pobre da população, para que se pensasse duas vezes antes de se cometer um crime. E são justamente nesses aspectos que o escritor inglês se sai melhor.

PS: Aguardem o resumo/resenha de outra obra do autor, O Arqueiro , que é bastante superior a esta.



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