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O Auto da Barca do Inferno
(Gil Vicente)

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Partindo da dicotomia céu e inferno presente no ideário católico do século XVI e que perdura até nossos dias, Gil Vicente sustenta em sua obra O Auto da Barca do Inferno a moral primeva do catolicismo, fazendo críticas a todas as classes sociais, pois na visão do dramaturgo português é preciso resgatar os mais sublimes ideais de simplicidade e honestidade da igreja católica em todos os níveis da sociedade. Trata-se de literatura católica. Mas levemos em consideração o contexto no qual está inserida a visão de mundo vicentina. Na época de Gil Vicente Portugal ainda vivia a ressaca da idade média, daí a crítica ser à reformulação do caráter da igreja. Depois de mortas, pessoas de diferentes classes sociais, cada uma com características que representam a sua posição na sociedade, se vêem em um "braço de mar" onde terão expostas duas barcas, a que leva para o inferno e outra ao paraíso. Aquela conduzida pelo diabo e esta por um anjo. Nestes pequenos barcos, os pecadores serão apontados por seus vícios que praticaram em vida, motivo de regozijo para o arrais do inferno e de desprezo para o arrais do céu. Além dos dois arrais, há ainda o companheiro do diabo e mais 14 personagens que embarcarão em uma das barcas, com exceção do judeu, o qual não é aceito em nehuma delas. Gil Vicente caracteriza-os com símbolos que representam seus pecados. Por exemplo: o fidalgo que traz o pajem e a cadeira significando luxúria, o onzeneiro e o bolsão denotando avareza, dentre outras personagens com seus respectivos símbolos pecaminosos, com exceção do parvo e dos quatro cavaleiros. Estes os únicos que embarcam junto ao arrais do céu. O parvo por sua ingenuidade. Já os cavaleiros por que lutaram nas cruzadas em nome da igreja católica combatendo os "inféis mouros", encerrando a peça com um final apoteótico e elevando o nome da igreja católica. Mesmo com a denominção de teatro profano, termo que com o tempo adquiriu uma conotação de algo contrário à igreja, ( quando na verdade esse nome se deu pelo fato de as peças não serem encenadas no adro da igreja ) O Auto da Barca do Inferno é , sem dúvida, calcado na intenção de reformular a moral católica. E apesar de posta sobre a moralidade do catolicismo, o Auto Vicentino em questão não é de todo moralista. A peça remete o leitor a profundas reflexões acerca de sua própria condição terrena.



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