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O crime do Padre Amaro
(Eça de Queirós)

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Eça de Queirós considerava a literatura uma força poderosa para modificar a sociedade, e faz uma feroz crítica à sociedade portuguesa neste que é considerado o primeiro romance realista em língua portuguesa.
Amaro tornara-se padre sem vocação, por vontade de sua madrinha, a Marquesa de Alegros. Por influências políticas consegue ser transferido para Leiria, onde se passa a história. Lá chegando, é hospedado em casa de Joaneira, amante do cônego Dias, padre guloso e preguiçoso. Antes do cônego Dias, a Sra. Joaneira havia sido amante do padre anterior.há outros padres na história, cada um com seu defeito: o padre Brito, violento, amante de uma figura importante da cidade; o padre Natário, vingativo e ardiloso, que vive em circunstâncias suspeitas com duas jovens que cria; o padre Silvério, ignorante e supersticioso.
O livro é retrata o clero português em toda a hipocrisia reinante.
Logo, obcecado por desejos carnais, Amaro acaba-se envolvendo com Amélia, filha de S. Joaneira. Sendo a mãe era amante de padre, a filha é empurrada, praticamente por hereditariedade, ao mesmo destino. Como parte da sedução, Amaro entrega um livro de orações em que o tom de entrega a Jesus está mais para erotismo do que para misticismo.
É nesse estratagema que reside um dos crimes de Amaro. Seguindo as idéias do dr. Gouveia, médico presente em vários momentos da narrativa, a sedução não possuía nada de errado. Fazia parte dos impulsos naturais do homem.
Amaro tem momentos de dúvida, de hesitação, mas são momentos fugazes. Quando ousa beijar o pescoço de Amélia, imagina ter exagerado e por isso se muda da casa de S. Joaneira, muda o horário de sua missa para evitar contato com a menina. Mas tal procedimento não dura muito, pois a própria senhora vai atrás do pároco, exigindo o retorno de sua freqüência à casa dela.
Amélia estava prestes a noivar de João Eduardo.
Este, quando se descobre repelido pelo padre, escreve um artigo de jornal, em que assina “Um Liberal” e expõe a público a podridão que grassava no clero.
O padre Silvério viola o segredo da confissão e conta ao padre Natário quem é o autor do artigo. Em conseqüência, João Eduardo é descoberto e punido.
Durante um temporal, em que Amélia está a sós com Amaro, tornam-se amantes. A empregada do pároco ajuda-os a montarem um esquema cuidadoso para manter os seus encontros às ocultas, na casa do sineiro da paróquia, o tio Esguelhas. Como desculpa, o padre afirma precisar de um local retirado para meditar e a moça se propõe a alfabetizar a filha paralítica do sineiro, Totó, e dava-lhe aulas rapidamente antes de subir para o quarto com Amaro.
A paralítica conta para o Cônego Dias, em uma visita que este lhe faz, após ela ter tido uma convulsão, o casal andava fazendo.
O padre mestre vai chamar a atenção de Amaro, mas este desarma o opositor lembrando-lhe o relacionamento que Dias estabelecia com S. Joaneira.
Amélia engravida. O pároco pede imediatamente ajuda ao seu padre mestre. Montam, então, o seguinte esquema: o cônego passará uma temporada com S. Joaneira numa estação de águas, Vieira, enquanto Amélia ficará com a irmã convalescente de Dias em uma quinta na zona rural de Leiria, escondendo a gravidez. Nascida a criança, seria entregue para adoção.
Amélia, Praticamente abandonada por Amaro, fica aos cuidados de uma mulher de religiosidade tacanha, que a trata muito mal, por considerá-la uma pecadora.
Aparece então o Abade Ferrão, religiosos que acredita que Deus é um Pai benevolente, e que, por sua bondade, é relegado a uma paróquia de zona rural, apesar de ser reconhecidamente um dos melhores teólogos de Portugal. Esse religioso é quem resgatará Amélia, afastando-a da influência perniciosa de Amaro.
Amélia morre ao dar à luz. Amaro entrega o seu filho a uma “tecedeira de anjos”, ou seja, mulher encarregada de dar fim a crianças não desejadas. Chega a se arrepender, mas já era tarde: o bebê já havia falecido.
O romance termina quando o autor nos apresenta Amaro, alguns anos depois, em Lisboa, comentando com o seu padre mestre, de forma galhofeira, que passara a confessar só mulheres casadas.



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