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Fundamentação da Metafísica dos costumes
(Immanuel Kant)

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Immanuel Kant nasceu em Konigsberg em 1724. Sua família tinha emigrado da Escócia no século XVII. Foi educado numa religião cristã - chamados pietistas - uma seita de puritanos alemães que se chamavam de "soldados da paz". Mas suas aptidões para a filosofia e seu interesse pelas diversas matérias das ciências - se interessou pela matemática, física, lógica, astronomia, etc. - fê-lo direcionar-se para a esepeculação metafísica, propriamente filosófica, onde acabou por exterminar as concepções dogmáticas da religião - apesar de na "Crítica da razão prática" afirmar que as necessidades da vida devem ser consideradas frente à especulação da razão pura, que desqualifica o conhecimento sensitivo, fazendo então algumas relevações aos desejos deístas dos religiosos, mas não sem ligar este deísmo ao imperativo categórico.Sua disposição em desmistificar o conhecimento, mesmo o empírico, leva à análise do que se pode conhecer, realmente. Os objetos devem ser conhecidos por aquilo que são em si mesmo, ou seja "a priori", não por aquilo que pensamos serem estes objetos, não pelos sentodos estabelecidos sobre este objeto, mas apenas "a priori". Este estudo se encontra na "Crítica da Razão Pura", mas vai servir de base para o desenvolvimento da "metafísica dos costumes".Do que se pode conhecer a priori, Kant estabelece que a ética deve partir de uma condição neutra; ou seja, a ética deve ser estabelecida por sua condição mais pura, ou "a priori". Ora, é claro que o valor ético deve partir de uma perspectiva valorativa, que só pode ser atribuída por um valor humano, sob pena de existir uma ética nula, sem atividade, já que ela não seria nada. Na metafísica dos costumes este objeto é a ética. Desta ética se pode estabelecer dois fundamentos do comportamento. O primeiro é o imperativo hipotético. Este Imperativo é a representação da vontade particular, privada. Aquilo que os homens fazem para chegar a um fim desejado por eles mesmos, que seja de seu agrado. Este imperativo hipotético é visto por Kant como um ato nã universal. De interesse restrito ao agente que o causa ou atua. Dá a impressão de negatividade sobre este imperativo, por que ele se distorce do outro, ou pde se distorcer.Para Kant, a ética deve estar resguardado por uma lei que seja superior a vontade das partes envolvidas; tanto para o malfeitor, quanto para o benfeitor. Esta lei deve estar acima de suas vontades particulares e eles devem respeitar esta lei e cumpri-la, apenas pelo fato de ser ela o imperativo superior. Este imperativo é deteminado pela própria pessoa ao pratica um ato. Ela deve se dirigir a si mesma e se perguntar se o ato que ela vai praticar pode ser considerado ao mesmo tempo uma lei universal. Se ela considerar que seu ato pode ser lei universal, então será ético que o faça. Se não puder ser lei universal, então não deverá fazer. Esta é a fórmula do "Imperativo Categórico", expressa na seguinte frase: "Age de modo seus atos possam ser tomadas como objetos de si mesmas, como leis universais da natureza". O ato ético em Kant não é meio para alguma outra coisa, ele é um fim em si mesmo, por isso ele é o bem maior. Agora, há de se observar que este ato ético tem como fundamento o ser humano como bem supremo, por isso a sua ética só pode ser aquela que vise o bem universal: "age com respeito a todo ser racional, de modo que ele em tua máxima valha ao mesmo tempo como fim em si". Ou seja, o fim da ética é a própria ética (imperativo categórico) e nela está conjugado o ser humano. Pori sso o ser humano não poderia ser senão preocupação primeira da ética fundamental. Ele é um fim em si mesmo; objeto principal da ética. O fato de designar seus atos como leis universais, antes de realizá-los, implica num auto conheciento, retração e respeito supremo pela humanidade. Por isso, antes de realizar quaquer coisa, devo verificar se aquilo pode se tornar lei universal, como por exemplo: ao dizer algo que sei ser uma mentira, para meu interesse, devo pensar se este ato pode se tornar lei universal. Automaticamente compreeenderei que se este ato se tornar lei universal, então não haverá mais credibilidade em palavra alguma, já que é lei universal mentir quando do interesse próprio. Assim, não deverei realizar este mesmo ato, pois não pode ser lei universal.Não se trata de mera utopia sobre o saber ético. Trata-se de educação do espírito. A ética pode ser mero capricho pessoal, como na sociedade moderna industrial, consumista; uma ética privada; um ato considerado moral, apenas por ser regra social, mesmo sabendo nós que universalmente ele é imoral. A ética de Kant é a luta do homem contra ele mesmo; contra seus desejos privados que vão de encontro ao bem da humanidade. A ética é a busca de si mesmo e do humano e universal. É uma posição de espírito, um ideal a ser trabalhado, e não uma mera discução sem sentido sobre o certo e errado, onde no fim se estabelece que tudo se trata de utopia e se libera o ser humano da luta contra si mesmo, fica ele liberado da dificuldade de ser melhor. Esta é a contribuição de Kant.



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