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História do Comércio Exterior Brasileiro
(Fabio Augusto)

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A HISTÓRIA DO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO O segundo reinado começa em 1840, quando dom Pedro II é declarado maior de idade, e vai até 1889, com a instauração da República. É um período de consolidação das instituições nacionais e de desenvolvimento econômico. Em sua primeira fase, entre 1840 e 1850, o país passa por uma série de redefinições internas: repressão e anistia aos movimentos rebeldes e separatistas; reordenamento do cenário político em bases bipartidárias, introdução de práticas parlamentaristas inspiradas no modelo britânico; reorganização da economia pela expansão da cafeicultura e normalização do comércio exterior, principalmente com o Reino Unido. Dom Pedro II (1825-1891) No início de seu governo faz viagens diplomáticas às províncias mais conflituadas. Culto, protege artistas e escritores e mantém correspondência com cientistas de várias partes do mundo. Entre 1871 e 1887 faz três viagens ao exterior – sempre pagando suas próprias despesas –, e procura trazer para o Brasil várias inovações tecnológicas. Com a proclamação da República, deixa o país e vai com a família para Portugal, em 17 de novembro de 1889. Dois anos depois, em 5 de dezembro, morre de pneumonia em Paris, aos 66 anos. Durante o segundo reinado, o Brasil mantém sua dependência econômica em relação à Inglaterra. Os dois países enfrentam vários conflitos diplomáticos e têm interesses divergentes na questão da escravidão, mas a política externa brasileira é de alinhamento praticamente automático com a dos ingleses. São eles que financiam as guerras em que o país se envolve no período – contra o Uruguai, a Argentina e o Paraguai. Presença norte-americana – Os industriais norte-americanos cobiçam participar do mercado brasileiro, mas não conseguem quebrar a hegemonia inglesa. Sem poder competir abertamente, passam a atuar contra os interesses ingleses. Fazem, inclusive, a intermediação do tráfico negreiro, atividade que tem a participação dos embaixadores dos Estados Unidos no Brasil. Primeira guerra contra o Uruguai ou Questão Oribe – Em 1849, temendo o predomínio argentino na região do Prata, o governo brasileiro decide intervir no conflito ao lado dos colorados. Alega que o próximo passo de Oribe e Rosas seria a invasão do Rio Grande do Sul. Financiados pelos ingleses, brasileiros e uruguaios colorados unem-se às tropas argentinas de oposição a Rosas, comandadas pelo general Urquiza. Os três Exércitos tomam Montevidéu em dezembro de 1851, forçando a rendição de Manuel Oribe. Brasil e Uruguai assinam o Tratado de Limites, Comércio, Amizade e Subsídios. Guerra contra a Argentina ou Questão Rosas – Em janeiro de 1852, o general Urquiza, líder militar da oposição argentina, invade seu país com apoio de tropas uruguaias e brasileiras. O movimento também é financiado pelos ingleses. Rosas é derrotado na batalha de Monte Caseros, em 3 de fevereiro de 1852. Brasil e Inglaterra garantem o direito de navegar nos rios Uruguai e Paraná, melhor caminho para penetrar no interior do continente. Segunda guerra contra o Uruguai ou Questão Aguirre – O Partido Blanco dá um golpe de estado e Atanasio Cruz Aguirre assume o poder. Mais uma vez, o Brasil fica ao lado dos colorados. Uma esquadra comandada pelo almirante brasileiro Tamandaré e um exército liderado pelo colorado Venâncio Flores bloqueiam Montevidéu em 2 de janeiro de 1864. Aguirre renuncia e o presidente do Senado, Tomás Villalba, assume o governo em 20 de fevereiro de 1864. A vitória consolida a posição brasileira no Prata. Desde a primeira metade do século XIX, o Paraguai investe no desenvolvimento econômico auto-suficiente. Sem as marcas da escravidão, sua população tem um alto índice de alfabetização. A autonomia do país desafia o imperialismo britânico na América. Em 1862, Francisco Solano López assume o governo e investe na organização militar. Em 11 de novembro de 1864, captura o navio brasileiro Marquês de Olinda e, no dia seguinte, 12 de novembro, corta as relações diplomáticas com o Brasil. Em março de 1865, tropas paraguaias invadem a Argentina. O objetivo paraguaio é obter uma porto marítimo, conquistando uma fatia dos territórios brasileiro e argentino. Francisco Solano López (1827-1870) é filho e sucessor do presidente paraguaio Carlos Antônio López. Em 1845, nomeado general-de-brigada, é enviado à França, onde compra armas e munições e começa a modernização do exército paraguaio. Nomeado ministro da Guerra e da Marinha, Solano López implanta internamente o sistema militar prussiano. Com a morte do pai, assume o governo e dá continuidade à sua política de desenvolvimento econômico. Contrata mais de 200 técnicos estrangeiros para introduzir inovações tecnológicas: implanta a primeira rede telegráfica da América do Sul, redes de estradas de ferro, promove a instalação de indústrias siderúrgicas, têxteis, de papel e de tinta. Investe na construção naval, fabricação de canhões, morteiros e balas de todos os calibres e institui o recrutamento militar compulsório. Sem contar com um litoral para expandir o comércio externo de seu país, assume uma política expansionista frente ao Brasil e à Argentina e, em 1864, desencadeia a mais sangrenta das guerras americanas. No início, tem amplo apoio popular e detém as tropas aliadas por cinco anos. Depois, as milhares de vidas perdidas enfraquecem sua posição e popularidade. Para calar os opositores, manda executar centenas de compatriotas, acusando-os de conspiração, em 1868. López é morto após a batalha de Cerro Corá, ao fugir do cerco de um destacamento brasileiro. Por muitos anos, é retratado pela historiografia apenas como um aventureiro. O julgamento é revisto e, atualmente, é considerado um herói nacional. Tríplice Aliança – Os governos da Argentina, do Brasil e seus aliados uruguaios assinam o Tratado da Tríplice Aliança, em 1º de maio de 1865, contra o Paraguai. Empréstimos ingleses financiam as forças aliadas. O Exército paraguaio, superior em contingente – cerca de 64 mil homens em 1864 – e em organização, defende o território de seu país por quase um ano. Finalmente, em 16 de abril de 1866, os aliados invadem o Paraguai ao vencer a batalha de Tuiuti, sob o comando do argentino Bartolomeu Mitre. Comando brasileiro – Em 1868, o comando dos aliados passa para o barão de Caxias. Ele toma a fortaleza de Humaitá, em 5 de agosto de 1868, e invade Assunção em 5 de janeiro. Passa o comando das tropas brasileiras ao conde d'Eu, marido da princesa Isabel. Solano López resiste no interior. A batalha final acontece em Cerro Corá, em 1º de março de 1870. O país é ocupado por um comando aliado e sua economia é destruída. A população paraguaia, que antes do conflito chegava a 1,3 milhão de pessoas, fica reduzida a pouco mais de 200 mil pessoas. Reflexos da guerra no Brasil – Para o Brasil, a guerra significa o início da ruptura com o sistema monárquico-escravista. Diante da dificuldade de recrutar soldados, escravos são alforriados para substituí-los, fato que incentiva a campanha abolicionista. A conseqüência mais importante, porém, é o fortalecimento do Exército. Atraídos pela causa republicana, em poucos anos os militares passam a liderá-la. No plano financeiro, o saldo final é uma duplicata de 10 milhões de libras que o Brasil deixa pendente com o Banco Rothchild, de Londres. O mercantilismo É o conjunto de medidas econômicas adotado pelos soberanos (reis absolutistas) em seus territórios, com finalidade de garantir o crescimento dos reinos. Em outra palavras: "Mercantilismo é o conjunto de idéias, seguido de uma prática política e econômica desenvolvidas pelos Estados europeus na Época Moderna, mais especificamente, dos séculos XV ao XVIII".[BR]Os monarcas e seus conselheiro adotaram procedimentos eficazes para o engrandecimento de seus reinos, apropriando-se dos regulamentos e



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